Eletrobras, aeroportos, ferrovias e portos estão à venda

A venda da Eletrobras e a concessão de 12 aeroportos, da ferrovia Norte-Sul e de portos estão previstas na agenda dos 100 primeiros dias do governo Bolsonaro.  No último dia 18 de fevereiro, o presidente eleito usou sua conta no Twitter, que tem sido utilizada como ferramenta de governo, para afirmar que teria a meta de realizar 23 leilões e concessões de 12 aeroportos para a iniciativa privada até março. A iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) herdado do governo Michel Temer. 

O processo da Eletrobras sofre resistência no Congresso e está paralisado na Justiça. Em 2018, a Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL) alertou para o perigo estratégico de vender a companhia de energia: “A Eletrobras está presente em todos os Estados do Brasil, controla 50% dos reservatórios do país, um terço da geração e 48% das linhas de transmissão. Por isso, é fundamental que esse debate seja feito, acima de tudo, com honestidade”. Quem comprar a empresa terá um enorme controle sobre o Brasil. 

Entre os aeroportos, os de Recife (PE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Maceió (AL), Aracajú (SE), Juazeiro do Norte (CE), Vitória (ES), Macaé (RJ) e mais cinco no Mato Grosso. 

Apesar do risco para o país, setores do empresariado que apoiaram a eleição de Bolsonaro estão bastante animados com a decisão de se manter o PPI. Também está no PPI a concessão dos terminais aeroportuários, o arrendamento de mais 10 terminais portuários e da Ferrovia Norte-Sul.