SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
Fonte: Ascom Sindsep-PE
21/10/2020
Enquanto centenas de pessoas morrem diariamente por causa da pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro continua surpreendendo o mundo com seu discurso negacionista, que relativiza o problema, e com sua postura covarde e genocida. No dia em que o Brasil atingiu o número de 5,2 milhões de infectados e quase 155 mil mortes, o presidente cancelou o acordo firmado pelo Ministério da Saúde para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
No mais duro ataque à China, maior parceira comercial do Brasil, Jair Bolsonaro dá a maior prova de submissão aos interesses de Donald Trump. "Alerto que não compraremos a vacina da China”, disse. A atitude desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que havia assinado o protocolo para a aquisição das doses um dia antes, na 3ª feira (20).
A vacina chinesa contra a covid-19 é considerada como uma das mais seguras da atualidade. Ela está na 3ª e última fase de testes. De acordo com o Instituto Butantan, a segurança da substância já está comprovada. Falta agora ter certeza sobre sua eficácia, o que deverá ser comprovada nos próximos meses. É a vacina mais segura, no momento. Não no Brasil. No mundo.
Segundo estudos, 35% dos 9 mil voluntários que estão participando do grupo de testes tiveram reações leves, como dor no local da aplicação, e nenhum efeito colateral grave durante os testes. O resultado significa que a vacina tem excelente perfil de segurança.
“A decisão de Bolsonaro é completamente irresponsável. Ele não está preocupado com a saúde dos brasileiros. Está sendo orientado pelos Estados Unidos e resolveu baixar a cabeça aos interesses norte americanos mais uma vez. Todos sabem que existe uma briga comercial entre os EUA e a China porque o país do oriente está se tornando uma grande potência mundial e está fazendo frente aos norte americanos. E Bolsonaro está entrando nessa briga para deixar o povo completamente desprotegido. Essa é mais uma atitude genocida desse homem contra o povo brasileiro”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.
Governo também reduz número de testes
No momento em que o presidente Jair Bolsonaro cancela a compra de vacinas para salvar a vida da população, o Brasil fica sabendo que o Ministério da Saúde reduziu o número de testes de diagnóstico do Covid-19 em todo o país. No mês de setembro, o país fez 11,5% menos testes que no mês anterior. A redução foi feita em um momento em que a taxa de contágio continua alta no país.
Especialistas alertam para o fato de que, neste momento, devido ao número de resultados positivos, seria fundamental ampliar a testagem. Entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro, cerca de 18% dos testes PCR feitos no país tinham resultados positivos. Duas semanas antes, o percentual estava na casa dos 20% – uma taxa qualificada como absurdamente alta por especialistas. Mas não existe nenhuma preocupação por parte de Bolsonaro em salvar a vida dos brasileiros.
Além do Ministério da Saúde reduzir o número de testes, também enviou menos quites desses testes para os estados e municípios. A queda entre o total entregue em maio e em setembro foi de 68%!
Com a redução de testes, pode haver uma falsa sensação de que a doença está reduzindo no Brasil. "Essa diminuição do número de testes pode estar provocando a sensação de redução do contágio. Também não há como identificar os focos da infecção. O Brasil fica de olhos fechados no combate a pandemia", comentou o secretário geral do Sindsep-PE, Felipe Pereira.
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