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Empreiteira que domina licitações no governo Bolsonaro tem suspeita de irregularidades; entenda


Empresa ganhou licitações disputando com firma de fachada registrada em nome do irmão de um dos seus sócios, diz jornal

Publicado: 11/04/2022
Escrito por: Brasil de Fato

Engefort com sede em Imperatriz, no Maranhão, domina licitações no governo Bolsonaro - Divulgação/Engefort

A empreiteira Engefort tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A empresa venceu diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios, a Del Construtora.

A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (11). A reportagem aponta que a construtora, com sede na cidade de Imperatriz, sul do Maranhão, explodiu em verbas na atual gestão e assinou contratos para asfaltamento mesmo longe de sua base.

De acordo com o jornal, o governo reservou aproximadamente R$ 620 milhões do Orçamento para pagamentos à empresa, sendo que R$ 84,6 milhões já foram quitados. Apesar do volume de negócios com o governo, a empresa não respondeu à Folha sobre seus contratos e a firma de fachada usadas nas concorrências.

A fonte de recursos da empreiteira são contratos com a Codevasf, estatal federal entregue por Bolsonaro ao Centrão, além de verbas das emendas parlamentares. Procurada pela reportagem, a Codevasf não emitiu posicionamento sobre o tema.

A Engefort foi a única empreiteira que participou de todas as licitações no Distrito Federal e nos 15 estados abrangidos pela Codevasf. A empreiteira ganhou 53 concorrências, o que representam mais da metade dos pregões. O desempenho mais expressivo foi em Minas Gerais, onde a empresa conquistou 28 de 42 licitações nas modalidades asfalto CBUQ e bloquetes.

No ano passado, a Engefort Construtora e Empreendimentos liderou os repasses da Codevasf. Também em 2021, foi a segunda construtora em volumes totais empenhados pelo governo federal, atrás apenas da LCM Construção, que acumulou R$ 843 milhões em verbas reservadas.

A empresa não respondeu às solicitações de posicionamento. Funcionários contatados pela reportagem não souberam responder aos questionamentos feitos pela Folha. O governo federal também não se posicionou sobre o caso.

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