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Enquanto miséria e desemprego assolam país, Brasil ganha novos bilionários


O número de bilionários brasileiros saltou de 45, em 2020, para 65, em 2021. Juntos, eles detêm 219,1 bilhões de dólares, aproximadamente R$ 1,2 trilhão – quase o PIB do país

Publicado: 09/04/2021
Escrito por: Ascom Sindsep-PE


A  revista Forbes divulgou, na última terça-feira (6), o ranking dos Bilionários do Mundo em 2021. A lista, divulgada em meio à crise generalizada provocada pela política econômica do governo Bolsonaro e por sua incompetência em lidar com a pandemia de Covid-19, causou a indignação de grande parcela da população brasileira que vive de empregos precarizados, com baixos salários e sem direitos, ou se encontram entre os mais de 14 milhões de desempregados do país ou, ainda, entre 39,9 milhões de pessoas que estão em situação de miséria.     

Segundo a Forbes, o número de bilionários brasileiros saltou de 45, em 2020, para 65, em 2021. Juntos, eles detêm 219,1 bilhões de dólares, aproximadamente R$ 1,2 trilhão – quase o PIB do país. No período pandêmico, a riqueza quase dobrou; eram US$ 127,1 bilhões em 2020. 

Enquanto isso, o número de famílias em extrema pobreza cadastradas para programas sociais do governo federal superou os 14 milhões. São 39,9 milhões de pessoas na miséria, que têm renda de até R$ 89 por pessoa. Além dessas famílias, havia em outubro outras 2,8 milhões de famílias em situação de pobreza, com renda entre R$ 90 e R$ 178 por pessoa. Durante o governo Bolsonaro, o número de famílias na extrema pobreza saltou em 1,3 milhão.

Já o desemprego no Brasil ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro, segundo o IBGE. Essa é a maior taxa já registrada para o período desde o início da pesquisa em 2012. São 14,3 milhões, contra 11,9 milhões de 2019, ano em que Bolsonaro assumiu a presidência. 

Um Auxílio Emergencial miserável

E é este governo que contribuiu diretamente com o aumento da extrema pobreza e do desemprego no país, que se recusa a conceder um auxílio emergencial digno para a população. Em 2020, Bolsonaro foi obrigado a pagar R$ 600 de auxílio depois da aprovação do valor no Congresso Nacional. Este ano, depois que conseguiu eleger aliados seus para a presidência da Câmara dos Deputados e Senado, ele está oferecendo quatro parcelas de um auxílio emergencial de apenas R$ 150 (para quem mora sozinho), R$ 250 (famílias inteiras) e R$ 375 (família dirigida por uma mulher). Ou seja, a ideia é continuar mantendo a população na miséria. 

Enquanto isso, o governo Bolsonaro anunciou, em 2020, uma ajuda de R$ 1,2 trilhão aos bancos. “É evidente que esta pandemia agravou a situação do Brasil. Principalmente por causa da política negacionista e genocida de Bolsonaro. Mas o caminho econômico trilhado pelo país, depois do golpe de 2016, que teve como objetivo favorecer os ricos e retirar direitos da classe trabalhadora e investimentos em políticas sociais, contribuiu decisivamente para a situação de caos em que nos encontramos de aumento da fome enquanto os bilionários ficam mais ricos”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.  
 

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