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Especialistas apontam riscos e falhas na resposta de crises como agravantes da tragédia das chuvas em Pernambuco


Estado registra 84 mortes, mais de 50 desaparecidos e ao menos 3,5 mil desabrigados

Publicado: 30/05/2022
Escrito por: Brasil 247

Especialistas apontam que a falta de planejamento urbano, ausência de fiscalização e a demora dos governos para responder às crises agravaram a tragédia provocada pelas chuvas em Pernambuco, que já registra 84 mortes confirmadas pelo governo do Estado. Além do alto número de mortos, existem ao menos 56 desaparecidos e 3,5 mil desabrigados.

De acordo com o relatório do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU) Recife é a 16ª cidade do mundo mais ameaçada pela emergência climática e pelo avanço do nível do mar.

“A geografia brasileira é recortada por montanhas e rios. A solução passa por políticas habitacionais que removam pessoas de áreas de risco e construam moradias de forma adequada. Basta olhar a situação das áreas mais afetadas do Recife para constatarmos a recorrência deste problema. Como paliativo, precisamos de planos integrados de emergência e evacuação de áreas de risco quando há alertas meteorológicos. É preciso descentralizar os sistemas das defesas civis e instalar sistemas protecionais. Além dos problemas estruturais e das questões meteorológicas, voltamos a ouvir relatos de demora para socorro das vítimas”, disse o  professor especialista em gerenciamento de riscos, Gustavo Cunha Mello, de acordo com o jornal O Globo.

“Recife é uma zona suscetível a chuvas fortes. A questão principal é a ocupação da terra, o uso adequado do solo. Não há qualquer trabalho para impedir mais mortes, em Recife ou em qualquer local do Brasil, que não passe pela remoção de pessoas dessas áreas. A longo prazo, são necessárias políticas públicas de habitação. O fenômeno não é o culpado, mas, sim, o poder público inoperante. A meteorologia consegue prever esses episódios com certa antecedência. Por isso, são necessários investimentos em tecnologia, sirenes e abrigos”, ressalta a pesquisadora Margarete Amorim, especialista em climatologia urbana .

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