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Esquema de 'escolas fake' do centrão foi turbinado com recursos do orçamento secreto de Lira e Ciro Nogueira


Sistema que direciona recursos de emendas parlamentares para o FNDE, controladopelos líderes do centrão, beneficia palanques regionais ds presidentes da Câmara e do Senado

Publicado: 13/04/2022
Escrito por: Brasil 247

Ciro Nogueira, Arthur Lira e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

O escândalo das “escolas fake”, no Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE),  presidido por Marcelo Ponte, indicado pelo ministro da Casa Civil e um dos líderes do centrão, Ciro Nogueira (Progressistas-PI), tem como base as  emendas do chamado orçamento secreto, utilizado pelo governo Jair Bolsonaro para cooptar o apoio de parlamentares no Congresso. 

O sistema, que não garante a continuidade de repasses, inviabiliza a construção de 2 mil novas escolas prometidas, mas tem o potencial de turbinar a campanha eleitoral de aliados do Planalto. Além disso, ao priorizar os repasses para escolas que ainda nem saíram do papel, os recursos deixam inacabadas outras 3,5 mil obras do gênero. 

“Ao todo, o governo precisa aplicar R$ 7,6 bilhões para dar conta das antigas e futuras construções. O esquema serve apenas para propaganda eleitoral. Com aval do governo, deputados e senadores iludem seus eleitores com anúncio de novas escolas e creches que, na prática, nunca sairão do papel por razões orçamentárias”, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.  

Atualmente, o FNDE conta apenas com R$ 114 milhões em recursos próprios. O valor, porém, poderá subir para R$ 367 milhões por meio das emendas de relator que são a base das indicações das emendas parlamentares por meio do orçamento secreto, que dependem da aprovação da cúpula do Congresso para serem liberadas.

“Desde que assumiu a Casa Civil, Ciro passou a ter o controle da parcela do orçamento secreto destinada ao Senado, estimada em R$ 5,5 bilhões para 2022. Por sua vez, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), define o destino da parte reservada aos deputados, um montante na ordem de R$ 11 bilhões”, ressalta a reportagem. 

Ainda segundo o periódico, “com um apadrinhado de Ciro no FNDE, as duas lideranças do Progressistas têm usado dinheiro da educação para compor palanques regionais". 

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