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Estudantes, professores e trabalhadores em geral voltaram às ruas em novo Tsunami


Trabalhadores de todas as categorias profissionais, incluindo os servidores públicos federais, também estiveram nas mobilizações contra os cortes na educação e o desmonte da Previdência

Publicado: 30/05/2019

Da Ascom Sindsep-PE

Estudantes, professores, técnicos administrativos de universidades, escolas técnicas e instituições de ensino fundamental voltaram às ruas brasileiras, nesta quinta-feira (30), em mais um Tsunami da Educação. Ao lado deles, trabalhadores de todas as categorias profissionais, incluindo os servidores públicos federais. Representantes de centrais sindicais, sindicatos, ONG's e as frentes Povo sem Medo e Brasil Popular também estiveram presentes. 

As mobilizações, que receberam o nome de 30M, em referência a data que foi realizada, reuniram milhares de pessoas nas diversas capitais brasileiras e municípios do interior. Todos unidos e empunhando cartazes e faixas contra os cortes na educação, anunciados pelo ministro Abraham Weintraub e contra a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), em um grande movimento rumo à greve geral do dia 14 de junho, que está sendo organizada pela CUT e demais centrais. 

Foram realizados atos em mais de 150 cidades das Regiões Metropolitanas e do  interior dos estados. Em Pernambuco, diretores do Sindsep-PE e servidores federais se integraram aos atos realizados nas mais diversas cidades. No Recife, a mobilização teve início na rua da Aurora (foto). De lá, todos saíram em caminhada, passaram pela avenida Conde da Boa Vista e concluíram o trajeto na avenida Dantas Barreto. 

O posicionamento contrário à perseguição ideológica que o governo Bolsonaro pretende impor ao ensino público em todos os âmbitos, do ensino fundamental às pesquisas científicas, também foi criticado, junto com o desmonte das outras áreas de governo. 

“Eles estão promovendo cortes na educação, na saúde e na segurança pública, com o objetivo de entregar todas essas áreas para a iniciativa privada por meio de privatizações. Promovem ainda o desmonte da Previdência, a destruição do meio ambiente, a entrega de empresas públicas lucrativas a preço de banana por meio de privatizações suspeitas, desmonte dos movimentos sindicais que defendem o trabalhador, além de decretar o fim de várias políticas sociais. Ou seja, estão acabando com as políticas sociais que ainda temos no Brasil. Impossível ficarmos de braços cruzados aceitando tudo isso. Agora, o povo não sairá mais das ruas”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.    

O secretário geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira, lembrou que todas as centrais sindicais e sindicatos estão empenhados para fazer uma grande Greve Geral no próximo dia 14 de junho. “Vamos parar esse país”, decretou.

Assim como no dia 15 de maio, o #30M voltou a ocupar o topo das menções em redes sociais e ficou marcado por agregar movimentos populares organizados e cidadãos comuns, alunos e pais de escolas públicas e da rede privada.

Esperneio autoritário

O movimento também voltou a incomodar o governo. O ministro da Educação chegou a gravar um vídeo solicitando que pais de aluno denunciassem os professores que fizessem o chamado para os atos em sala de aula, em uma atitude autoritária e arrogante. Como se os professores não pudessem conclamar seus alunos a defender a educação. 

Lembrando que foi a mobilização no dia 15 de maio que fez com que o governo convocasse, com o apoio da imprensa, as manifestações do domingo (26). Os atos, que ocorreram em menor número, tiveram no geral pouco público e bandeiras difusas. Os bolsonaristas mais raivosos pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, além de defender o pacote de Sérgio Moro que, ao contrário de combater a corrupção, irá ampliar o estado policial com o objetivo de aumentar o controle social violento sobre a população insatisfeita no momento em que o governo está fazendo um desmonte nas políticas públicas nacionais.

O governo Bolsonaro e os grandes meios de comunicação tentaram carimbar a mobilização do dia 26 como sendo em defesa da “nova” Previdência, em uma tentativa de tirar proveito para convencer a população como um todo a apoiar a “reforma”.
 

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