Frente Parlamentar do Serviço Pública chama "Xtaço" contra reforma administrativa

Da Condsef/Fenadsef

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público está convocando um "Xtaço" contra a reforma administrativa. A ação nas redes acontece nessa segunda-feira, 16, às 18 horas, e trará a hashtag #ReformaAdministrativaNão. A Condsef/Fenadsef participa dessa atividade que inaugura uma série de iniciativas essa semana que vão reforçar e ampliar a mobilização em torno da defesa dos serviços públicos. 

Além do "Xtaço", a Condsef/Fenadsef e suas filiadas vão estar nessa terça, 17, a partir das 9 horas, no ato convocado pelo Fonasefe em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados. No mesmo horário está prevista realização de audiência pública convocada pelo grupo de trabalho (GT) criado na Câmara para debater a toque de caixa a reforma administrativa. A previsão dada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, é de conclusão dos trabalhos do GT ainda em julho. 

"O que está por vir é um grande ataque aos direitos sociais sob o discurso de eficiência, modernidade e combate aos privilégios", alerta o Fonasefe no chamado para o ato. "O que está em jogo é a garantia de políticas públicas que só são possíveis graças aos serviços públicos", reforça.

Ainda na terça, às 20h, a Condsef/Fenadsef participa de uma plenária virtual sobre o tema convocada pelo deputado federal Pedro Uczai (PT-SC). A plenária contaria com a participação da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, mas foi anunciada impossibilidade de sua participação, sendo confirmado o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso Jr. 

Dentro do calendário de mobilização contra a reforma administrativa, a Aliança das Três Esferas realiza na próxima quinta, 19, uma plenária nacional que vai reunir representantes dos servidores federais, estaduais e municipais filiados à CUT. "É hora de somar forças, trocar estratégias e mostrar que o serviço público tem quem o defenda!", convocam as entidades. A atividade será virtual. O link será encaminhado pelas entidades. 

O Brasil precisa de um serviço público forte, estável, acessível e universal

Diante desse cenário, a Condsef/Fenadsef reafirma a defesa incondicional de um serviço público forte, estável, acessível e universal. Não se trata de negar a necessidade de aperfeiçoar o funcionamento da máquina pública, mas de lastrear esse projeto nas decisões políticas expressas pela população trabalhadora nas urnas, em evidências reais, na ampla valorização dos servidores e no compromisso de ampliar, e não restringir, os direitos da classe trabalhadora.

O Brasil precisa de uma reforma que enfrente os verdadeiros privilégios, ancorados em uma política fiscal e monetária que drena os recursos públicos para enriquecer rentistas e banqueiros. Mas essa não é, nem de longe, a proposta apresentada pelo “terceiro setor” liberal. O que se oferece à sociedade é uma tentativa de retrocesso revestida de tecnocracia, subordinada à lógica do capital, que tenta destruir o Estado por dentro, em nome de uma suposta “modernização” que só interessa ao andar de cima.