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Governo apresenta números falsos para aprovar o desmonte da Previdência


A mentira é a tônica deste governo sempre que um assunto importante é tratado. Foi assim com as queimadas da Amazônia, com os cortes de recursos para as diversas áreas sociais, incluindo a educação, com a proposta de privatização do patrimônio nacional

Publicado: 24/09/2019
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

Depois que venceu uma eleição por causa da grande quantidade de mentiras espalhadas sobre o candidato adversário, amedrontando a população, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus aliados continuam usando da mesma prática. A mentira é a tônica deste governo sempre que um assunto importante é tratado. Foi assim com as queimadas da Amazônia, com os cortes de recursos para as diversas áreas sociais, incluindo a educação,  com a proposta de privatização do patrimônio nacional e está sendo assim com o projeto de desmonte da Previdência. Afirmam que o Brasil não tem recursos para garantir políticas públicas. Mas, na verdade, querem mesmo é promover um desmonte do reduzido sistema de bem estar social brasileiro, prejudicando todos os trabalhadores e trabalhadoras.   

Um grupo de pesquisadores do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica do Instituto de Economia da Unicamp, formado por professores renomados internacionalmente, descobriu que o governo mentiu ao apresentar dados falsos para deputados e senadores, empresários e trabalhadores, usando uma série de planilhas sem consistência e com dados manipulados para atingir o objetivo de aprovar a reforma da Previdência. A descoberta, feita depois de um estudo sobre a proposta apresentada, deixa claro que a reforma de Bolsonaro visa, tão somente, o corte de gastos e o repasse do controle das aposentadorias dos brasileiros para a iniciativa privada.

“Era sobre isso que vínhamos alertando desde que a proposta foi apresentada. Eles não querem reformar a Previdência. Eles querem destruir tudo para deixar a população nas mãos dos bancos privados sedentos por lucros. Mas não queriam que o povo descobrisse isso. Por esse motivo, esconderam os números até agora”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

José Carlos se refere ao fato de o Ministério da Economia ter decretado sigilo sobre os estudos e pareceres técnicos que embasaram a Proposta de Emenda à Constituição no último mês de abril.  Depois da aprovação do projeto pela Comissão de Constituição e Justiça, o ministro Paulo Guedes liberou parte das informações, mas manteve na clandestinidade as planilhas com a memória de cálculo e os pressupostos de crescimento e de emprego, por meio dos quais ficasse sabendo quem serão os mais afetados, quem ficará de fora e o custo para implementação de um regime de capitalização. 

“Era evidente que tinha algo errado nisso tudo”, complementou o coordenador do Sindsep-PE. A proposta de Bolsonaro aumenta a desigualdade, sacrifica os mais pobres, entrega as aposentadorias mais bem remuneradas aos fundos e bancos privados e quebra os municípios peque-nos que têm sua economia movimentada principalmente por dinheiro dos aposentados. 

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