Governo Bolsonaro provoca insatisfações ao anunciar fusão de ministérios

Da Ascom Sindsep-PE

Depois que Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito como o próximo presidente do Brasil, a sua equipe voltou a jogar com cartas abertas. Futuro ministro da Casa Civil no governo, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) anunciou, nessa terça-feira (30), a fusão dos Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente. A fusão havia sido desmentida por Bolsonaro durante a campanha depois de ter causado críticas de ambientalistas.  

Nessa terça, os ambientalistas voltaram a alertar para os riscos de submeter às políticas de preservação ambiental aos interesses do agronegócio. Para a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que reúne entidades ambientais, acadêmicos e representantes do agronegócio, a fusão coloca “em xeque” o equilíbrio necessário para as políticas públicas no setor. “Um órgão regulador não pode estar submetido a um setor regulado”, afirmaram em nota. 

Onyx Lorenzoni anunciou ainda a criação do “superministério” da Economia, que vai incorporar as pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria, Comercio Exterior e Serviços, a ser ocupado pelo economista Paulo Guedes. A notícia foi mal recebida pelo setor industrial brasileiro. Em nota, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, afirmou que a concentração de funções em um único ministério não soluciona os problemas das empresas que operam no país.