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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 11/08/2017
Da Ascom Sindsep-PE
Ao contrário do que está sendo ventilado na mídia, Fernando Haddad não é o plano B do PT para as eleições presidenciais de 2018. Ele garantiu isso em palestra realizada na manhã da última sexta-feira, 11 de agosto, na quadra poliesportiva do Núcleo de Educação Física e Desporto da UFPE. “Me recuso a falar de alternativa em respeito a pessoa do Lula. Acredito na sua inocência”, dispara Haddad, professor de Ciências Políticas da USP, que foi prefeito de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores entre 2012-2016 e ministro da Educação nos governos Lula e Dilma.
As eleições presidenciais de 2018 foi uma provocação da plateia durante o debate, o tema da palestra era menos específico e mais genérico: Crise política e democracia. Um evento realizado pela Associação dos Docentes da UFPE, Adufepe, com o objetivo de fomentar o senso crítico dos estudantes. A quadra ficou lotada. A atividade contou também com a presença de políticos do campo progressista como a deputada federal Luciana Santos (PCdoB); o ex-prefeito do Recife, João Paulo Silva (PT); e o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago (Psol). Também marcou presença o deputado federal Sílvio Costa (PTdoB), além de várias lideranças sindicais, como a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira.
Para Haddad, em meio a crise política que se abate sobre o Brasil, as instituições estão sendo testadas. Infelizmente, o resultado não é satisfatório. O Judiciário e o Legislativo estão em cheque.
Haddad acredita que a democracia existe para acomodar tensões e evitar rupturas, por isso a cada 4, 5 e 6 anos, por meio das eleições, existe a oportunidade de mudar o rumo. Não é possível consenso, mas é importante atender o desejo da maioria. Para ele, a democracia pressupõe que todo o grupo tenha representações e sejam protegidos pelo Estado. E tudo isso pode estar ameaçado com o Congresso que está posto.
A discussão da reforma política que está sendo feita pelo Congresso é um dos retrocessos apontados por Haddad. O voto distrital aprovado semana passada só é usado por quatro países do mundo. Ele teme que esse modelo, sem falar da discussão do parlamentarismo, esfacele o modelo democrático. “A democracia é complexa. É um sentimento. É um valor da sociedade”, e completou: “Se a gente tiver vez, a gente retoma o país. Hoje, o Brasil parece estar distante do seu povo”.
No período da tarde, Haddad fez uma outra palestra. Dessa vez na Unicap. O segundo evento foi transmitido ao vivo pela internet e o vídeo já está disponível nas redes sociais da CUT Pernambuco.