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Inflação e congelamento de salários no Brasil de Bolsonaro


Enquanto o governo Bolsonaro se nega a negociar a reposição inflacionária do salário dos servidores federais, a inflação não para de assustar e provocar a perda do poder aquisitivo da população brasileira

Publicado: 12/04/2022


Enquanto o governo Bolsonaro se nega a negociar a reposição inflacionária do salário dos servidores federais, a inflação não para de assustar e provocar a perda do poder aquisitivo da população brasileira. No último mês de março, o índice oficial da inflação no Brasil teve alta de 1,62%. Essa é a maior inflação para o mês desde o início do Plano real. Ou seja, desde 1994, há 28 anos, não tínhamos uma inflação neste patamar. Bolsonaro está realmente fazendo o que prometeu durante um jantar nos EUA, logo após a sua vitória. 

Nas palavras do presidente: “O Brasil não é um terreno aberto onde nós pretendemos construir coisas para o nosso povo. Nós temos é que desconstruir muita coisa. Desfazer muita coisa” 

O número de março é 0,61% acima do índice de fevereiro, que ficou em 1,01%. A alta foi puxada principalmente pelos setores de transportes, com o aumento descontrolado dos valores dos combustíveis devido a decisão do governo em manter uma política de preços atrelada ao mercado internacional. 

Depois do golpe de 2016, os governos que se sucederam na Presidência paralisaram as obras que tornariam o país autossuficiente na produção de combustíveis e privatizaram a distribuidora de combustíveis da Petrobrás. Hoje, cerca de 400 empresas privadas controlam o mercado de combustível nacional. A Petrobras vende óleo bruto muito barato no mercado internacional e essas 400 empresas importam o óleo refinado a preços altos e pagando em dólar. 

E a alta dos preços dos combustíveis está puxando o aumento dos valores da grande maioria dos produtos comercializados no mercado nacional. "Com o retorno da inflação, a classe trabalhadora, que recebe salário mensalmente, é quem sai perdendo. Isso porque enquanto a inflação sobe, os salários continuam congelados, corroendo o poder de compra de todos. Os servidores federais já perderam cerca de 30% de seu poder de compra nos últimos cinco anos, período em que tiveram o último reajuste. Enquanto isso, os investidores do mercado financeiro estão rindo à toa", lembrou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.  

Mas, além dos servidores, todos os brasileiros estão sofrendo com a alta inflacionária e congelamentos salariais. Um estudo da PUC-RS constatou que a renda média dos brasileiros no último trimestre de 2021 foi de R$ 1.378 em regiões metropolitanas. É o menor valor da série histórica do boletim Desigualdade nas Metrópoles, iniciada em 2012.  
 

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