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Jovens cobram ações concretas contra as mudanças climáticas


Juventude marcha em Milão em evento que antecede a COP 26, mais importante encontro sobre mudanças climáticas desde o Acordo de Paris, em 2015. São Paulo também terá painel temático sobre o tema

Publicado: 04/10/2021
Escrito por: Rede Brasil Atual

"Isso é tudo o que ouvimos por parte dos nossos líderes: palavras. Palavras que soam bem, mas que não provocaram ação alguma" (arquivo/ebc)

Rede Brasil Atual

São Paulo – O mundo se prepara para a realização da Conferência das Partes das Nações Unidas (COP 26) sobre mudanças climáticas. Considerado o mais importante sobre o tema desde a assinatura do Acordo de Paris, em 2015, o evento está marcado para o início de novembro em Glasgow, Escócia. Nesta sexta-feira (1º), foram realizados eventos pré-COP 26 em Milão, na Itália. Participaram ministros de diversos países além de grupos de jovens, que realizaram protestos na cidade. Em São Paulo, também está marcado para os dias 7 e 8 um painel climático com foco na conferência.

A marcha dos jovens em Milão ocorreu no contexto do encontro Youth4Climate. A convite da prefeitura local, mais de 400 ativistas de 190 países cobraram ações efetivas contra o aquecimento global. “Acredito fortemente que temos muito o que aprender com suas ideias, sugestões e liderança. E a pressão de vocês é, na verdade, muito bem-vinda. A mobilização de vocês tem sido poderosa e podem ter certeza: estamos ouvindo”, disse o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.

Não existe planeta B
Entretanto, os jovens subiram o tom contra os líderes globais e cobraram mais do que palavras agradáveis. “Isso é tudo o que ouvimos por parte dos nossos líderes: palavras. Palavras que soam bem, mas que não provocaram ação alguma. Nossas esperanças e sonhos se afogam em suas palavras de promessas vazias (…) Não existe um planeta B, não existe um planeta blá-blá-blá, economia verde blá-blá-blá, neutralidade do carbono para 2050 blá-blá-blá”, disse na terça-feira (28) a ativista sueca Greta Thunberg, que comandou o encontro.

Suas palavras foram reforçadas na a marcha de sexta-feira. Com cartazes, os ativistas cobravam “menos promessas”. “O mundo está acordando, e a mudança está acontecendo agora. Goste você, ou não”, dizia outra faixa. Três jovens representaram o Brasil no encontro: a mestranda da Universidade de Columbia (EUA), Eduarda Zoghbi; a integrante do Grupo Consultivo de Jovens sobre Mudanças Climáticas da ONU, Paloma Costa, e o jornalista do Mídia Índia Eric Marky Terena.


Tempo de agir
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, enviou mensagem de vídeo para saudar o evento. “Os jovens estiveram na vanguarda para propor soluções positivas, exigindo justiça climática e respostas aos líderes. Precisamos que os jovens de todo o mundo continuem pedindo que escutem sua voz”, disse. Guterres está em um período de agenda cheia sobre o tema. O português cobra ações rígidas dos países para controle de emissão de carbono, com o endurecimento das metas do Acordo de Paris. Este é o seu foco em discursos desde a Assembleia das Nações Unidas, que ocorreu no mês passado, em Nova York. Após isso, ele também apelou ajuda para Estados-membro do Conselho de Segurança da ONU.

Amparado por estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), Guterres afirma que “a janela de ação está se fechando rapidamente”. ” O tempo está se esgotando. Os pontos de inflexão irreversíveis se aproximam de forma alarmante. Temos um poder imenso. Podemos salvar nosso mundo, ou condenar a humanidade a um futuro infernal”, disse.

Em São Paulo
Na capital paulista, a prefeitura realizará um painel sobre mudanças climáticas pré-COP 26 na próxima semana. Estarão em São Paulo representantes das cidades do Rio de Janeiro, Recife, Manaus, Tóquio, Bogotá, Londres, Milão, Paris, Moscou, Xangai e Nova York. O evento terá formato híbrido e poderá ser acompanhado pela internet e também presencialmente, no auditório do 7º andar no prédio da Prefeitura. Para participar presencialmente, é necessário preencher este formulário.

“São Paulo, assim como pode ser Farol no Combate ao Racismo Estrutural, tem vocação e incentivo da Prefeitura para ser reconhecida como SP Capital Verde”, afirma a secret´ária de Relações Internacionais da prefeitura, Marta Suplicy.

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