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Mobilização nacional em defesa da democracia tem adesão dos pernambucanos


Milhares de pessoas ocuparam as ruas dos mais diversos estados brasileiros, no dia de hoje, durante a primeira mobilização nacional em defesa da Petrobras, do pré-sal e da soberania nacional, da democracia, da reforma política e dos direitos da classe trabalhadora. Em Pernambuco não foi diferente. Centrais Sindicais, sindicatos, movimentos sociais, políticos de esquerda, profissionais liberais e a juventude pernambucana dominaram as principais ruas do centro do Recife, durante toda a manhã

Publicado: 13/03/2015

Milhares de pessoas ocuparam as ruas dos mais diversos estados brasileiros, no dia de hoje, durante a primeira mobilização nacional em defesa da Petrobras, do pré-sal e da soberania nacional, da democracia, da reforma política e dos direitos da classe trabalhadora. Em Pernambuco não foi diferente. Centrais Sindicais, sindicatos, movimentos sociais, políticos de esquerda, profissionais liberais e a juventude pernambucana dominaram as principais ruas do centro do Recife, durante toda a manhã.

Empunhando diversas faixas, bandeiras e vestindo camisas com mensagens em defesa do Brasil, os manifestantes cantaram, dançaram ciranda e caminharam de forma pacífica pelas ruas, recebendo o apoio da população. A concentração teve início às 7h da manhã, ao lado da Câmara Municipal do Recife.

“Defender a democracia é fundamental para que o Brasil avance no modelo de desenvolvimento que redistribua renda e inclua a maioria da população. E é isto que está sendo ameaçado por forças conservadoras que estão utilizando fatos ilícitos, ainda a serem investigados, para encobrir a sua verdadeira intenção”, destacou a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira.

“Na verdade, o pré-sal é o verdadeiro motivo dessa crise política. Estão querendo sangrar a Petrobras, inventando uma crise econômica que não existe para reduzir o seu preço. Também querem desestabilizar o governo para que a direita assuma o poder e possa vender a Petrobras a preço de banana para as multinacionais do petróleo. Mas a Petrobras é do povo. O petróleo é nosso!”, complementou.

A caminhada teve início por volta das 10h. Um carro de som e um grupo de percussão, que tocou e cantou versões de ciranda com letras em defesa da Petrobras e democracia, puxou a manifestação. “Estamos aqui em defesa dos princípios democráticos, garantia de direitos individuais e coletivos, defesa do patrimônio público nacional e combate aos desmandos políticos que ocorrem devido ao financiamento privado de campanha. Precisamos de um plebiscito popular para que a condução de uma reforma política séria. Também não vamos aceitar a retirada de direitos trabalhistas”, observou o secretário geral do Sindsep-PE, José Carlos Oliveira.

A chegada na avenida Conde da Boa Vista foi emocionante. Depois de uma parada estratégica para aguardar um grupo de servidores filiados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), que estão em estado de greve, os manifestantes entraram na avenida, sendo aplaudidos por transeuntes e comerciantes locais.

“Eu não sou do PT e nem sou ligado a nenhum sindicato. Mas sou brasileiro. E não vou admitir que nos roubem a Petrobras”, disse o comerciante Anderson Araújo.

O presidente do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro PE/PB) Marcos Aurélio Monteiro, lembrou que a Petrobras é responsável por 13% do PIB brasileiro e uma das maiores empresas mundiais do ramo. “Defendemos que as pessoas que roubaram sejam punidas. Mas as empresas brasileiras fornecedoras da Petrobras foram impedidas de dar prosseguimento a seus contratos e estão demitindo centenas de trabalhadores, gerando desemprego em todo o país e retração na economia. Isso é ruim para todo o Brasil”, afirmou, destacando que o pré-sal já é responsável pela extração de 800 mil barris de petróleo ao dia.

MP 664 e 665

A manifestação também serviu de repúdio contra as medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, a pensão por morte e ao auxílio-doença. “Não podemos aceitar esses ajustes. No entanto, quero deixar claro que ser contra as medidas não é ser contra o governo. Como também defender a democracia, não é defender o governo”, destacou o presidente da CUT-PE, Carlos Veras.

Depois de chegar a avenida Guararapes, a manifestação foi encerrada na avenida Dantas Barreto, na praça da Independência, com alguns discursos. “A elite não se contentou em perder uma eleição democrática e está promovendo uma onda de preconceito no país. Mas não vamos aceitar isso. Esse é apenas o primeiro ato de rua que estamos realizando”, concluiu o presidente do MST-PE, Jaime Amorim.

Além do Recife, outras mobilizações estão ocorrendo em diversos municípios pernambucanos, como Caruaru, Petrolina, Serra Talhada, Santa Maria da Boa Vista e Petrolândia.
 
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