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Na contramão do mundo, Bolsonaro abandona a classe trabalhadora brasileira


A incompetência, falta de preocupação com o trabalhador brasileiro e a sua ligação com os ricos podem fazer com que Bolsonaro leve o Brasil a um caos social

Publicado: 23/03/2020


A incompetência, falta de preocupação com o trabalhador brasileiro e a sua ligação com os ricos nacional podem fazer com que Bolsonaro leve o Brasil a um caos social. Depois que a extrema direita política brasileira voltou ao poder com o impeachment da ex-presidente  Dilma Rousseff, eles cortaram os investimentos públicos, rasgaram os direitos trabalhistas, acabaram com a aposentadoria pública, agravaram a crise econômica e aumentaram o número de desempregados devido a adoção da política neoliberal. Agora, em meio à crise do novo coronavírus, Bolsonaro resolve contribuir para que os trabalhadores sejam abandonados por completo.

Na contramão de todos os demais países, o presidente editou uma Medida Provisória que permite a suspensão de contratos de trabalho e salários por até quatro meses durante o período de calamidade pública. Ou seja, os empresários poderão mandar seus trabalhadores para casa e eles passarão quatro meses sem receber, acumulando ainda mais dívidas do que já tinham. Dívidas que poderão levar anos para serem pagas.  

“Se a situação do povo trabalhador, que é quem sustenta o Brasil, já era ruim, imagine agora! Tudo o que esse governo tem feito, desde que assumiu, é para piorar a vida dos trabalhadores. Se a gente tivesse um governo que nada fizesse, seria mil vezes melhor que esse. Parece uma brincadeira de mal gosto. Não acredito que são apenas incompetentes. Tem muita maldade e ódio contra a classe trabalhadora por trás de todas as decisões de Bolsonaro e de seus ministros”, comentou o coordenador do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

Bolsonaro não só dá declarações desastrosas, contribuindo para que todos os investidores mundiais desconfiem e retirem seu dinheiro do Brasil, promovendo uma recessão nunca antes vivida no país, mas toma decisões e implementa uma agenda que visa o desmonte da nação, como foi prometido por ele em jantar nos Estados Unidos da América (EUA), logo após a sua eleição. 

Importante destacarmos que a Inglaterra pretende pagar 80% dos salários dos trabalhadores que ficarão em casa e os Estados Unidos discutem uma renda mínima de US$ 1 mil para cada cidadão. Aqui, a preocupação com o povo brasileiro é abaixo de zero”, complementou José Carlos de Oliveira. 

Os servidores públicos não estão a salvos

Os servidores públicos, obviamente, estão resguardados contra qualquer efeito da MP que irá suspender os contratos de trabalho e o pagamento dos salários dos brasileiros. Mas por outro lado, existe um pacote de Propostas de Emendas Constitucionais (PEC’s) que foi enviado pelo governo e está tramitando no Congresso muito nocivo aos trabalhadores. Um dos projetos, a PEC 186/2019, conhecida como a PEC Emergencial, possibilita a redução de 25% da jornada dos servidores com a redução dos mesmos 25% dos salários. Ela também proíbe concursos públicos e veda à criação de novos cargos públicos e progressão de carreira.

Já a PEC 187/2019 extingue fundos públicos como o FAT, interrompendo o financiamento nas áreas de educação, ciência e tecnologia, trabalho etc; e transfere o superávit financeiro desses fundos para o pagamento da dívida pública. Ou seja, retira dinheiro da economia para favorecer os mais ricos que possuem os papéis da dívida. 

Por sua vez, a PEC 188/2019 estende a EC 95/2016 (que congela investimentos públicos) para estados e municípios; insere a folha de pagamento dos aposentados no orçamento previsto para a saúde e educação, reduzindo ainda mais os valores para essas áreas; e extingue o repasse de recursos do Fundo Social do pré-Sal para a educação e a saúde.

A desculpa do Governo é que o Brasil só voltará a crescer caso esses projetos sejam aprovados. “É mentira. Primeiro falaram que o Brasil cresceria com o congelamento dos gastos públicos, depois com a reforma Trabalhista. Em seguida, disseram que isso aconteceria com a reforma da Previdência. E voltam a mentir novamente agora. Todo o sacrifício proposto pelo governo é para os trabalhadores que já têm seus salários achatados e não podem mais fazer concessões. Isso vai impossibilitar a sobrevivência. Temos que exigir uma maior contribuição, em impostos, dos bilionários desse país, taxar as grandes fortunas e cobrar a dívida dos sonegadores”, concluiu José Carlos de Oliveira.
 

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