Este website utiliza cookies
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
(81) 3131.6350 - sindsep@sindsep-pe.com.br
Publicado: 04/12/2024
O Brasil irá se mobilizar na próxima terça-feira (10 de dezembro) em atos de rua pedindo a prisão de todos os envolvidos na última tentativa de golpe militar no país, incluindo o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). No Recife, a mobilização terá concentração a partir das 16h, no parque 13 de Maio. O ato também pedirá a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e a derrubada da PEC dos Estupradores - proposta da direita de fazer as mulheres e meninas brasileiras serem obrigadas a terem filhos de estupradores.
Veja vídeo com a chamada para o ato AQUI
Caso fosse concretizado, o golpe militar iria manter o ex-presidente e os militares no poder e transformar o Brasil em uma ditadura. Esse era o plano dos golpistas que assessoravam diretamente Bolsonaro, apontado pela Polícia Federal (PF) como líder da organização criminosa que pensou e articulou o golpe. As investigações da PF descobriram um plano para assassinar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Paralelamente a isso, Bolsonaro decretaria estado de sítio e uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem. Em seguida, iriam criar um gabinete de crise que passaria a governar os destinos do Brasil.
Mas não parariam por aí, os golpistas estavam discutindo a instalação de um campo de prisioneiros de guerra onde seriam confinadas todas as pessoas que se levantassem contra o golpe. Levando em consideração que todo golpe de estado promovido pela direita gera uma reação das forças de esquerda, grande parte das brasileiras e brasileiros que apoiam o governo Lula e os movimentos sociais, incluindo aí o movimento sindical, poderiam ser presos nesse campo.
Segundo as investigações da Polícia Federal, Bolsonaro e seus aliados só não conseguiram concretizar os assassinatos e o golpe porque não tiveram apoio de algumas lideranças das Forças Armadas brasileiras. E agora o ex-presidente chora pedindo anistia.
E a população brasileira gritará nas ruas: anistia não! Quem comete crimes deve pagar por eles na prisão!
O relatório de 884 páginas da Polícia Federal, com vários depoimentos e provas, já está na Procuradoria Geral da República (PGR). Um grupo de nove procuradores já começou a analisar o documento que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em um plano de golpe de Estado. Ao todo, Bolsonaro foi citado 643 vezes no documento. De acordo com a própria Polícia Federal, o ex-presidente tinha “plena consciência e participação ativa” nas ações clandestinas promovidas pelo grupo.
Próximos passos
Agora, cabe à PGR decidir se Bolsonaro e os demais investigados serão denunciados. Há três caminhos que a Procuradoria pode seguir: enviar uma denúncia, pedir por mais investigações ou arquivá-lo. Caso uma denúncia contra o ex-presidente seja enviada antes da data do seu aniversário, em 21 de março de 2025 - quando ele completa 70 anos - Bolsonaro perderia um benefício que permitiria diminuir o período de prescrição dos crimes pelos quais é indiciado pela metade.
Além do envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente foi indiciado por fraude em cartão de vacinação da Covid-19 e por envolvimento no caso das jóias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos. Os indiciamentos aconteceram em março e julho deste ano. A pena máxima para os três crimes pode chegar a 70 anos de prisão. Mas é pouco provável que o ex-presidente receba pena máxima em três condenações.