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No dia 29 de Maio os trabalhadores estarão nas ruas mais uma vez


Vagner Freitas, presidente da CUT nacional, mandou o recado no primeiro de maio popular

Publicado: 04/05/2015

"Nós temos um calendários de lutas para apresentar ao povo brasileiro", afirmou o presidente da maior central dos trabalhadores no Brasil (CUT), Vagner Freitas, durante as comemorações do primeiro de maio, em São Paulo. Vagner se referia ao próximo 29 de Maio, dia em que acontecerá uma paralização nacional para preparação de uma possível greve geral. “Se o PL 4330 for aprovado quem concorda em fazer uma greve geral?", questionou Vagner diante de um público de mais de 50 mil pessoas, no Vale do Anhangabaú, de quem recebeu uma resposta positiva.

No ato político do 1 de Maio, organizado por centrais sindicais e movimentos sociais em São Paulo, os trabalhadores saíram às ruas para defender seus direitos, a Petrobras, a reforma política com o fim do financiamento empresarial de campanha e a democracia.

Para o vice-presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, é importante estar nas ruas para fazer a luta contra o projeto conservador que se instaurou no congresso nacional. "Esse primeiro de maio é um primeiro de maio construído dentro do quadro de defesa dos direitos dos trabalhadores. E contenção do avanço do conservadorismo no Brasil", disse.

O sindicato dos Jornalistas de São Paulo já enfrenta esta luta há muito tempo. As empresas da grande mídia preferem contratar os PJ’s, pessoas jurídicas, no qual jornalistas não são submetidos aos direitos trabalhistas. “Trabalham sábado, domingo, não têm férias, não têm 13º e a pessoa entra num tipo de vida na qual ela não para de trabalhar nunca pra ganhar menos do que um profissional contratado. Então isso é a realidade da terceirização”, afirmou Paulo Zocchi, presidente do Sindicato.

O PL4330, projeto de lei do ex-deputado Sandro Mabel, regulamenta a terceirização em todas as atividades, inclusive na fim. Com isso, os 12,7 milhões de trabalhadores que são terceirizados no Brasil conquistam a regulamentação. No entanto, os mais de 40 milhões de trabalhadores que são contratados pelas empresas e que têm seus direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), podem ser terceirizados. O projeto que regulamenta a terceirização é um retrocesso. "Resgatar o princípio da dignidade é não permitir a sepultura da CLT", comentou Vagner Freitas.

"A importância deste ato é porque ele tem uma ampla unidade de várias centrais sindicais da CUT, CTB, Intersindical e também dos movimentos populares, a Central de Movimentos populares, MST, MTST, UNE. É um primeiro de maio que não é só o movimento sindical que tem participado nos últimos anos. Primeiro de maio dos movimentos sociais", disse Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos populares". Para Raimundo o primeiro de maio é importante também como data combativa para tornar clara a importância da reforma política para melhorar a representação e a democracia do país.

Os jovens também estão preocupados com o futuro do país. Para Lira Alli, do Levante Popular da Juventude, os jovens se juntam na luta da classe trabalhadora e de toda população que quer o fim da corrupção. "A gente sabe que é fundamental lutar pelo fim do financiamento empresarial de campanha. Eu nunca vi isso! Sindicato não pode financiar campanha, ou seja os trabalhadores não podem financiar campanha, mas os empresários podem! Vamos combinar que isso é uma disputa muito injusta? Vamos combinar que tem um lado que sai ganhando muito neste jogo? Tem que acabar o quanto antes com o financiamento empresarial de campanha".

Outro ponto de defesa neste primeiro de maio foi a Petrobras, empresa criada como resultado de luta popular por um país soberano. Para Cibele Vieira, da Federação Única dos Petroleiros, toda vez que há disputa de projeto a Petrobras volta para o centro do debate. “A Petrobras se tornou a maior petrolífera no mundo. Seria ingenuidade nossa achar que os interesses internacionais não virão com mais força contra nosso projeto popular de usar o petróleo para desenvolvimento da indústria nacional, saúde e educação”.

O presidente da CUT lembrou a importância de se defender a Petrobras e a luta contra a corrupção. “É uma importante ferramenta para o desenvolvimento do Brasil. Esse óleo negro pode financiar políticas importantes para o país e não pode ser privatizado. A bandeira contra a corrupção é a nossa e a defendemos. Se houver algum corrupto na Petrobras, quando comprovado for, que seja preso. Mas a Petrobras é patrimônio brasileiro”, finalizou Vagner.



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