SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

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No Dia do Servidor Público as palavras de ordem são união, mobilização e força!


Os ataques constantes ao serviço público e aos servidores federais por parte do governo Bolsonaro não irão fazer com que os trabalhadores baixem suas cabeças e se rendam às arbitrariedades praticadas

Publicado: 28/10/2019

Os ataques constantes ao serviço público e aos servidores federais por parte do governo Bolsonaro não irão fazer com que os trabalhadores baixem suas cabeças e se rendam às arbitrariedades praticadas. Nesta segunda-feira (28), quando é comemorado o Dia do Servidor Público, as palavras de ordem são união, mobilização e força! 

Em vários momentos da história brasileira, o serviço público e seus trabalhadores sofreram ataques diretos do governo federal. Foi assim durante a ditadura civil militar brasileira, que teve início em 1964 e, depois da redemocratização, durante os governos dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. Vários ataques foram desferidos contra a classe trabalhadora. Mas sempre resistimos!

A criação do Sindsep-PE, em 19 de março de 1989, durante o 1º Congresso Estadual dos Servidores Públicos Federais, realizado no Recife, foi um marco dessa resistência. O Sindsep foi criado como sindicato geral porque sempre acreditamos que a união do maior número de servidores federais seria importante para fortalecer a nossa luta e conquistarmos nossas demandas. E essa decisão foi fundamental para uma maior participação e mobilização dos trabalhadores durante esses 30 anos de luta, o que nos deu força suficiente para termos êxito em diversas das nossas pautas. E, por isso, muito temos o que comemorar. 

Mas não podemos ficar apenas nas comemorações, é claro. O governo quer fazer, dentre outras coisas, uma reforma sindical. A ânsia de retirar os direitos dos trabalhadores direciona a mira de Bolsonaro nas entidades que poderiam sair em sua defesa. A ideia é fracionar e enfraquecer a luta da classe trabalhadora. Para isso, um dos caminhos do atual governo é asfixiar financeiramente os sindicatos. A primeira tentativa foi o envio da MP-873 ao Congresso Nacional. A matéria previa a suspensão do desconto voluntário e autorizado da contribuição dos trabalhadores sindicalizados em seus contracheques.  

Conseguimos barrar a MP-873 e conseguiremos barrar a extinção da unicidade para continuarmos defendendo os interesses dos servidores pernambucanos. 

Mas o governo também atacará em outras frentes. Depois da aprovação da reforma da Previdência, prejudicando todos os brasileiros que irão trabalhar mais e receber menos ao se aposentar, o governo vem estudando projetos para reduzir as horas trabalhadas e os salários dos atuais servidores. Também quer encolher os salários iniciais dos novos servidores a serem contratados. Vem adiando, ainda, ao máximo, o fechamento dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) e realizando uma verdadeira caça às bruxas aos servidores e cargos comissionados com perseguições e demissões daqueles que considera contrários aos seus interesses. 

Em um passado mais distante fomos à luta. Conseguimos unir toda a categoria e realizamos diversas passeatas, atos de protesto, paralisações, greves e obtivemos diversas conquistas. Em um passado mais próximo, continuamos a promover atos, passeatas, paralisações e greves. No entanto, estamos enfrentando diversas derrotas desde o golpe de 2016. O que mudou nesse período? Será que os trabalhadores continuam unidos e mobilizados na defesa de seus direitos? 

Precisamos, mais que nunca, darmos as mãos e marcharmos juntos contra todos os ataques que estão sendo desferidos contra nós. Do contrário, o serviço público brasileiros sofrerá o maior desmonte da sua história e todas as suas funções serão repassadas para a iniciativa privada, aliada desse governo. Repassadas para empresários que obterão altos lucros em cima da parcela da população brasileira que poderá pagar pelos serviços ofertados. Quem não puder pagar, ficará à míngua. Um plano muito perverso para ser colocado em prática? O Chile, nosso país vizinho, mostra que não. Foi exatamente isso que fizeram lá.  

E já que estamos dando o exemplo do Chile, porque não nos mirarmos em nossos irmãos chilenos, cujo país serve de modelo para o ministro da Economia, Paulo Guedes, implantar a sua política ultraliberal no Brasil?  Política que levou a maior parte da classe trabalhadora chilena a miséria e muitos idosos ao suicídio por falta de uma aposentadoria digna. Não estamos aqui conclamando os trabalhadores a tocarem fogo no Brasil, mas precisamos voltar às ruas. Todos juntos e não apenas o movimento sindical. 

Precisamos parar esse país em uma grande greve geral, de vários dias, para obrigar o governo a voltar atrás em seus ataques contra o patrimônio brasileiro, com suas privatizações criminosas, e contra os trabalhadores. Ou vamos esperar até que o Brasil se torne um Chile com a classe dominante montada no dinheiro e os trabalhadores na miséria? Com a resposta, o povo trabalhador brasileiro. 

Direção do Sindsep-PE

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