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O Brasil vai às ruas em defesa da democracia e pelo #ForaBolsonaro


Em Pernambuco, ocorreram atos em mais de 20 cidades. Entre elas, o Recife, Goiana, Palmares, Igarassu, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, São José do Egito, Serra Talhada, Petrolina e Petrolândia

Publicado: 24/07/2021

Enquanto Bolsonaro e seus aliados militares continuam ameaçando a democracia com bravatas a favor do voto impresso, com o objetivo claro de contestar as eleições de 2022, o povo brasileiro voltou às ruas no último sábado (24). Milhares de pessoas se mobilizaram em todos os estados e no Distrito Federal em manifestações a favor da democracia, do impeachment do presidente, de vacina para todos, do auxílio emergencial de R$ 600 e contra a reforma Administrativa (PEC-32), o desemprego, a fome e a miséria, resultados da política econômica neoliberal deste governo. 

Ao longo de todo o dia, grupos se reuniram em passeatas em mais de 400 capitais e cidades do interior do Brasil. Em Pernambuco, ocorreram atos em mais de 20 cidades. Entre elas, o Recife, Goiana, Palmares, Igarassu, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, São José do Egito, Serra Talhada, Petrolina e Petrolândia. Todos os que compareceram aos atos usavam máscaras, álcool e mantiveram distanciamento social. 

Os manifestantes, de vários matizes ideológicos, mostraram-se abalados e revoltados com a quantidade de pessoas mortas no Brasil por causa da pandemia do novo coronavírus e do desprezo com o qual Bolsonaro trata a vida dos brasileiros. No sábado, o país atingiu a marca de 550 mil mortes. Vários manifestantes carregavam cartazes e faixas de familiares e amigos(as), mortos depois de serem contagiados pela Covid-19. 

Desde o início da pandemia, o presidente estimulou o uso de medicamentos ineficazes contra a doença, encorajou aglomerações, foi contrário o uso de máscaras e só passou a defender o uso das vacinas apenas depois que as empresas, hoje envolvidas em escândalos de superfaturamento, começaram a atuar no Brasil.

Bolsonaro foi denunciado na CPI da Covid-19 por ter tido conhecimento das compras superfaturadas das vacinas Covaxin e não ter tomado nenhuma providência, o que seria crime de prevaricação, que acontece quando o servidor público toma conhecimento de algum delito na sua área de atuação e não o denuncia. 

A descoberta do esquema, graças a um servidor público concursado, forçou o governo a suspender o acordo firmado em fevereiro, de 1,6 bilhão de dólares por 20 milhões de doses da Covaxin, com o laboratório indiano Bharat Biotech. O valor de cada dose seria de US$ 15, 1000% mais caro do que o valor inicial, o que colocaria a Covaxin como a vacina mais cara adquirida pelo país até então. A aquisição do imunizante foi a única a contar com uma empresa intermediadora, a Precisa Medicamentos. Chamou a atenção a velocidade recorde entre o início das conversas para importar a vacina e a assinatura do contrato. Foram apenas 97 dias, enquanto a Pfizer, ao valor de US$ 10 a dose, ignorada dezenas de vezes pelo governo federal, precisou de 330 dias para fechar o contrato.

A AstraZeneca produzida na Fiocruz tem o valor de US$ 3,16 por dose. A divulgação do esquema também prejudicou a entrada da empresa Belcher, em um contrato de 5,2 bilhões de dólares por 60 milhões de imunizantes Convidecia, da chinesa CanSino. O valor dessas doses seria de US$ 17, barrando, inclusive, o valor da Covaxin. O contrato já estava assinado desde o dia 15 de junho, mas as denúncias relacionadas a Covaxin fizeram com que o laboratório chinês cancelasse suas representações no Brasil. 

"O interessante é que Bolsonaro passou a defender as vacinas justamente no período em que estes contratos estavam sendo assinados. Ou seja, está ocorrendo um assassinato em massa premeditado no Brasil e as investigações indicam que o maior responsável é o presidente", comentou o secretário-geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira. 

Servidores Públicos

Os servidores públicos estiveram presentes nas diversas mobilizações em todo o país. Todos contrários ao projeto de reforma Administrativa (PEC-32). "Um anteprojeto para o Brasil que irá promover, caso aprovado, o desmonte do setor público com o fim dos concursos e loteamento de cargos, corrupção desenfreada em todas as áreas com o fim da estabilidade, fim da paridade entre aposentados e pensionistas e repasse dos serviços públicos para a iniciativa privada, prejudicando a toda a população brasileira", comentou José Felipe Pereira.  
 

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