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O lobo tenta se vestir de cordeiro para enganar o povo brasileiro


Parte dos recursos retirados de áreas importantes para o desenvolvimento de qualquer nação será utilizada para propagar a imagem de Jair Bolsonaro como um bom presidente. Alguém acreditará nisso?

Publicado: 01/06/2022


Bolsonaro está mesmo desesperado com as últimas pesquisas de intenção de voto que apresentam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como vitorioso no primeiro turno das próximas eleições presidenciais. Por mais aberrações que ele e seus aliados estejam fazendo à frente do governo, Bolsonaro acredita mesmo que o povo brasileiro poderá reconduzi-lo à Presidência. Nessa terça-feira (31), ele sancionou uma nova lei que permite ao gestor público gastar, neste ano, seis vezes mais do que a média mensal dos últimos três anos em publicidade. 

Com a nova lei, o governo federal aumenta em R$ 25 milhões os recursos para despesas com publicidade, justamente no ano em que o presidente tenta se reeleger. A assinatura da lei ocorreu dias depois do governo anunciar um corte de R$ 8,2 bilhões no Orçamento da União, atingindo recursos que deveriam ir para a Educação, Ciência e Tecnologia e Saúde. 

Ou seja, parte dos recursos retirados de áreas importantes para o desenvolvimento de qualquer nação será utilizada para propagar a imagem de Jair Bolsonaro como um bom presidente. Alguém acreditará nisso? 

"Bolsonaro passou todo o seu mandato promovendo uma política de desmonte de todas as políticas sociais brasileiras construídas desde o fim da ditadura militar. O seu governo tem como projeto a entrega, para a iniciativa privada, de grandes empresas estatais que trazem altos lucros para os cofres públicos, a exemplo da Eletrobras, Petrobras e Correios", destacou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.  

A Distribuidora de combustíveis da Petrobras já foi privatizada e entregue a empresas internacionais que importam combustível de outros países e vendem no Brasil a preço de dólar. Por isso, os preços dos combustíveis e o gás de cozinha não param de subir. Uma pesquisa do Instituto Pólis mostra que o gasto com o botijão de gás compromete até 11% da renda das famílias mais pobres na cidade de São Paulo. O gás deveria estar na cesta básica e o povo não deveria arriscar sua vida com álcool e lenha.

O aumento dos combustíveis é o grande vilão do descontrole da inflação. Isso porque grande parte dos produtos comercializados no Brasil são transportados por veículos que necessitam de combustível para se deslocar. Aumenta o combustível, aumentam quase todos os produtos consumidos no país. 

A reforma da Previdência também foi encaminhada por este Governo ao Congresso Nacional e aprovada em outubro de 2019. Ela retirou diversos direitos dos aposentados, aumentando o tempo de contribuição e reduzindo o valor das aposentadorias, além de contribuir para o desmonte da previdência pública brasileira. A reforma só não foi pior porque houve uma forte atuação dos deputados e senadores de partidos de esquerda no Congresso Nacional. 

PEC-32 

O governo Bolsonaro também pretende rasgar a Constituição e reimplantar no Brasil um sistema que, antes de 1988, era marcado pela corrupção, empreguismo, clientelismo e outras formas de patrimonialismo e fisiologismo. 

A reforma Administrativa (PEC-32) levará a extinção do Regime Jurídico Único (RJU) – atual regime que rege as relações entre o Governo e os servidores públicos e que tem por base a contratação por meio de concurso público e a estabilidade. Em seu lugar, serão criadas novas formas de vínculo com a administração pública. 

O fim do concurso público e da estabilidade resgatará a ocupação de vagas de trabalho por apadrinhamento político. E qualquer servidor que não tenha estabilidade estará totalmente refém do governante de plantão. A sua capacidade de se opor a qualquer ato ilegal será nula, o que resultará em uma grande onda de corrupção. 

Além disso, com o desmonte dos serviços públicos as suas atividades, que hoje são gratuitas ou a preços baixos financiados pelo governo, poderão ser repassadas para a iniciativa privada que irá obter altos lucros com a sua oferta. A parcela da população que tiver recursos para pagar, continuará tendo acesso aos serviços. Quem não tiver como pagar, ficará à margem da sociedade. Isso em um Brasil com uma economia em frangalhos, uma inflação descontrolada, mais de 12 milhões de desempregados, 4,6 milhões de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego), 40,1% da população ocupada em empregos informais e 20 milhões de pessoas sem ter o que comer direito em todo o país.   
 

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