O povo foi às ruas para gritar: prisão aos golpistas!

Brasileiras e brasileiros voltaram às ruas de várias cidades do país, nesta terça-feira (10), para pedir a prisão de todos os envolvidos na tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), apontado pela Polícia Federal (PF) como líder da organização criminosa que pensou e articulou o golpe.

No Recife, centenas de pessoas se concentraram, a partir das 16h, no parque 13 de Maio. Diversas faixas e cartazes pediam a prisão de Bolsonaro e de seus assessores, militares e civis, investigados pela Polícia Federal. De lá, os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas centrais da capital pernambucana, acompanhados por carros de som.

“Bolsonaro e seus assessores diretos estavam com medo de deixar o poder e serem investigados por diversos crimes praticados durante o seu governo. E é exatamente isso o que está acontecendo. Por isso tentaram o golpe. Para transformar esse país em uma ditadura militar, se manterem no poder e escaparem da prisão. Chegaram ao cúmulo de elaborar um plano para assassinar o presidente Lula, o seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Esperamos que todos os envolvidos nesse planejamento do golpe sejam presos. Sem anistia para os golpistas”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.   

No ato do Recife, assim como nos demais atos realizados em todo o país, os participantes também defenderam outras bandeiras como a redução da jornada de trabalho, sem redução de salários!; taxação dos ricos; contra o PL do estupro; redução do imposto de renda para os trabalhadores e da taxa de juros; e mais investimentos no serviço público e em políticas públicas.

“Essas pautas são prioritárias para o povo trabalhador brasileiro. Temos que permanecer nas ruas até que elas sejam levadas a sério por este Congresso, formado, em sua maioria, por parlamentares de direita. Eles só irão respeitar a vontade do povo brasileiro se nos mantivermos em mobilização. O ano de 2025 está chegando e precisamos pressionar para termos respostas positivas”, comentou o secretário-geral do Sindsep, José Felipe Pereira.