O protagonismo político do idoso em debate

Na 5ª edição de 2015 do Fórum sobre Questões do Envelhecimento, realizado na última terça-feira, dia 11, na Unicap (foto), o debate girou em torno do poder político do idoso. O evento contou com as palestras do secretário geral do Sindsep-PE, José Carlos Oliveira, e do assessor de Relações Internacional da Unicap, professor Thales Castro.

Os dois palestrantes destacaram a importância do protagonismo do idoso, levando em consideração o tema do encontro: O poder político da pessoa idosa. O evento, que conta com a parceria do Sindsep desde a 1ª edição, foi aberto pelo coordenador do Fórum, professor João Luiz Correia, que deu as boas-vindas aos presentes.

Em sua fala, o secretário geral do Sindicato destacou a força do grupo de brasileiros considerado como idosos, ou seja, aqueles que já atingiram ou ultrapassaram os 60 anos de idade. “Hoje, os idosos brasileiros passam de 11% da população. São mais de 24 milhões de pessoas. A maior conquista da modernidade, em se tratando da área da saúde, é a longevidade. Hoje, temos uma expectativa de vida de 80 anos. Nas próximas duas décadas, essa expectativa deve beirar os 90 anos. Imaginem se todos se unirem para lutar por seus direitos”, destacou.

Na ocasião, José Carlos defendeu  um pacto entre as gerações de brasileiros. Esse pacto faria com que os jovens respeitassem os idosos e lhe dessem espaço para que eles continuassem integrando a sociedade de forma ativa. Ele observou que o papel de abrir o caminho para que os idosos continuem integrando a sociedade também é das diversas instâncias de poder.

“Vivemos em um sistema capitalista, no Brasil, onde o idoso é discriminado pelo poder econômico e produtivo por não ter a mesma força motriz dos mais jovens. No entanto, o acúmulo de experiência daqueles que possuem uma idade mais avançada é infinitamente maior e não está sendo levada em consideração por puro preconceito”, comentou.

Na opinião do professor Thales Castro, o idoso precisa se apropriar da esfera pública com o objetivo de garantir seus direitos. Para isso, deve usar a política como uma ferramenta de articulação da vida. “Existe uma força que está sendo subutilizada. O idoso deve buscar o fortalecimento da sua cidadania por meio da força política”, indicou. Para o professor, o Brasil está passando por uma fase de amadurecimento de suas instituições e “os idosos podem contribuir de forma decisiva para esse processo”, comentou.