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O Recife não está à venda


Assim como o Congresso Nacional, que aprova projetos retrógrados para dar respostas a empresários, o prefeito Geraldo Júlio e alguns vereadores do Recife atendem interesses de seus doadores de campanha

Publicado: 08/05/2015

O Recife e o mundo inteiro foram testemunhas, na semana passada, de um grande exemplo de autoritarismo e falta de diálogo com a sociedade, praticado pela Câmara dos Vereadores e pela Prefeitura do Recife. De forma antidemocrática, o presidente da Câmara, vereador Vicente André Gomes (PSB), aprovou, em sessão fechada, o projeto Novo Recife, que prevê a construção de um complexo imobiliário no Cais José Estelita, projeto esse segregador. André Gomes negou o acesso da população às galerias do plenário e ainda cercou o Legislativo com o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Na mesma noite da aprovação na Câmara, o projeto foi sancionado pelo prefeito Geraldo Júlio (PSB), que (pasmem!) sequer estava no Recife, mas em São Paulo em missão institucional. Como pode um projeto polêmico como esse ser aprovado sem discussão com a sociedade, sem que a população pudesse acompanhar sua votação na Câmara e ser sancionado à distância, já que o prefeito estava em viagem?

O Novo Recife é composto por um consórcio formado pelas construtoras Moura Dubeux, Queiroz Galvão, G.L. Empreendimentos e Ara Empreendimentos. Uma delas, a Moura Dubeux doou R$ 500 mil à campanha de Geraldo Júlio em 2012. Assim como o Congresso Nacional, que aprova projetos retrógrados para dar respostas a empresários, o prefeito Geraldo Júlio e alguns vereadores do Recife atendem interesses de seus doadores de campanha.

Esse cenário deixa cada vez maia clara a necessidade de uma ampla reforma política, com a participação da sociedade. O financiamento empresarial nas campanhas eleitorais se traduz em corrupção, em troca de favores. E quem paga a conta? A população.

Ao contrário do projeto Novo Recife, o Sindsep-PE defende o direito humano à cidade e o aproveitamento do Cais José Estelita como mais um espaço público democrático, múltiplo, que contemple a maioria das pessoas. E que não se construa um complexo imobiliário milionário, separatista, excludente, que inviabiliza as já inviáveis vias públicas, com mais automóveis. O Recife não está à venda. Resiste Estelita!


 
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