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Ocupe Estelita promove ato, hoje, na Câmara dos Vereadores


O movimento promove, hoje, às 16h, o Grande Ato Salve o Estelita, para pedir a anulação da votação da Câmara dos Vereadores e da sanção do Projeto de Lei por parte do prefeito Geraldo Júlio (PSB), tudo feito, de ontem para hoje, a toque de caixa

Publicado: 05/05/2015

Fotos: Marcelo Soares 

O movimento Ocupe Estelita convoca a todos para dar um recado à administração municipal do Recife: a cidade não está à venda! Não se pode aceitar que o projeto Novo Recife seja imposto a todos em um flagrante desrespeito a Lei e ao povo pernambucano.

O movimento promove, hoje, às 16h, o Grande Ato Salve o Estelita, para pedir a anulação da votação da Câmara dos Vereadores e da sanção do Projeto de Lei por parte do prefeito Geraldo Júlio (PSB), tudo feito, de ontem para hoje, a toque de caixa.

A concentração será no Parque Treze de Maio, na pracinha que fica em frente à Câmara dos Vereadores, às 16h.

A votação ocorrida ontem (04/05), na Câmara Municipal, foi mais um absurdo perpetrado pelos que defendem o Novo Recife. A Casa aprovou, com 22 votos a favor, o projeto que vem sendo fruto de diversas manifestações contrárias por parte da população e profissionais da área urbanística e da construção civil, ao longo dos últimos anos. Um projeto que inclui a construção de 13 prédios residenciais e comerciais de 12 a 38 andares no Cais de Santa Rita e não teve parecer de arquiteto, nem engenheiro e nem urbanista.

Para complementar a lista de absurdos, depois de aprovado na Câmara, o Novo Recife foi rapidamente enviado para o prefeito Geraldo Julio (PSB) que, apesar de se encontrar em São Paulo, sancionou o documento à distância!

E mais um detalhe: a votação não estava prevista para acontecer nessa segunda! O próprio parecer do projeto de lei 08/2015, elaborado pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara, só foi entregue à presidência da Casa, às 15h, sem tempo hábil para que os demais vereadores se inteirassem de seu teor. Mesmo assim, o presidente da Câmara, Vicente André Gomes (PSB), decidiu realizar uma votação extra-pauta, irritando os colegas. A votação tumultuada culminou com a saída de parte da bancada de oposição do plenário da Câmara. Mas Vicente André Gomes alegou que não haveria motivo para prorrogar a votação por mais 24h.

Na verdade, a pressa para aprovação do projeto ocorreu porque o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) havia encaminhado um ofício ao gabinete do presidente orientando que o projeto voltasse às instâncias iniciais e fosse discutido por uma câmara técnica. Mas o presidente desobedeceu a orientação do MPPE.

Vicente chegou a vetar a fala da vereadora Isabella de Roldão (PDT), que tentou alertar para o ofício do Ministério Público. Ele alegou que “já sabia” o que Isabella iria dizer.

“O projeto é ilegal. Ele não cumpriu os tramites legais. O que houve foi uma audiência pública fajuta. E hoje eu tive a minha fala cerceada pelo presidente dessa Casa. Nós estamos ameaçados. A democracia, no Recife, está em jogo", disse a vereadora. Ela lembrou que "O projeto é precário em sua essência, pois não teve parecer de arquiteto, nem engenheiro, nem urbanista. Não se sabe o impacto que pode causar.” Isabella ainda tem esperanças de encontrar uma forma jurídica de anular a votação. Ela irá analisar se houve quebra de decoro parlamentar por ter sido impedida de falar.

Durante a votação, Vicente André Gomes ordenou o fechamento das portas de acesso público às galerias do Plenário, o que não impediu a entrada de manifestantes. Todos os acessos ao prédio foram interditados pela guarda municipal, impedindo até a entrada da imprensa no recinto.

REDES SOCIAIS

Desde o início da votação do projeto que as pessoas se manifestam através das redes sociais contra tudo o que ocorreu. Em sua página, a promotora Belize Câmara alertou: “O poder econômico é digital e age na surdina, incrustando-se no poder político, enquanto a luta pelos direitos sociais é analógica, age de cara limpa e não pode contar com a maior parte dos políticos eleitos pretensamente para sua defesa. O próximo passo é tentar anular essa votação esdrúxula. Quanto aos envolvidos, ação de improbidade administrativa neles pelo descumprimento de vários princípios constitucionais.”

O jornalista e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Thiago Soares destacou: “deve ser muito ruim ser político corrupto, deve ser horrível votar algo às pressas, nas escondidas, deve ser triste não ser transparente, olhar de soslaio, se deixar levar por algo que chamamos de dinheiro...” “...Enquanto se achar que carro, prédio, edifício-garagem, via expressa, emprego em fábrica, são exemplos de modernidade, estamos fadados a viver em cidades-fantasmas. Recife segue a passos largos seu destino de cidade-fantasma espelhada, pseudo-futurista”, complementou.


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