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Pandemia de Covid-19 afeta mais saúde mental de mulheres e jovens


Estudo realizado em 203 países pela Universidade Queensland (Austrália) mostra aumento de 25% nos casos de transtornos mentais, que afetam principalmente mulheres e jovens

Publicado: 14/10/2021
Escrito por: CUT Brasil

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

CUT-Brasil

A pandemia do novo coronavírus, que desde o início de 2020 infectou mais de 256 milhões de pessoas no mundo e matou 5 milhões, tem provocado um aumento de 25% nos casos de transtornos mentais, impactando principalmente mulheres e jovens, segundo estudo realizado em 203 países  pela Universidade Queensland (Austrália).  

O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia do mundo, totaliza mais de 600 mil mortos e 21 milhões de brasileiros infectados, muitos com sequelas físicas e problemas de saúde mental.

A atenção à saúde mental tem piorado no Brasil devido aos cortes cada vez maiores no orçamento do atendimento de saúde geral de todos os brasileiros, afirma o coordenador político da Fetquim, Airton Cano.

"O governo Bolsonaro piorou o atendimento de doentes mentais escolhendo gestores em saúde mental  com políticas medievais  que defendem o cruel sistema de aprisionamento em hospitais de doentes mentais. Um absurdo!”, afirma Cano. 

O estudo australiano publicado pela Revista LANCET,  de acordo com reportagem do El País publicada no sábado (9), é uma meta-análise que revisou 5.000 esquisas publicadas no mundo em 2020, e mostrou que cresceram os casos de depressão e ansiedade, respectivamente em 28% e 26%, durante a pandemia se comparado ao período pré-pandemia.

Números absolutos deste crescimento de diagnóstico: foram de 56 milhões de casos de depressão, dos quais 35 milhões foram de mulheres; e 76 milhões de diagnósticos de ansiedade acima do esperado em relação a períodos anteriores da pandemia, atingindo principalmente mulheres e jovens.

O aumento de casos decorreu do confinamento, da parada geral econômica e social (lockdown) e o contínuo distanciamento social que impediu o relacionamento social entre as pessoas, com o objetivo de conter a disseminação do vírus, principalmente antes da vacina contra a Covid-19. O isolamento mais o uso de máscaras e a lavagem das mãos era a única maneira de conter o avanço da doença.

A situação se agravou mais para mulheres, devido o corte de atendimentos de saúde mental, violência doméstica e a sobrecarga de trabalho decorrente dos filhos estarem em casa e  distantes da escola.

No ABC paulista cresceram as demandas de saúde mental em 2020 e 2021

Cidades do ABC paulista detectaram aumento da procura por tratamento da saúde mental em seus Centros de Atenção Psicossocial (Caps), no serviço público do Sistema Único de Saúde (SUS).

No ABC existem 29 CAPS. Segundo o DGABC e houve “uma demanda importante nos últimos meses em relação aos estados de ansiedade, depressão e luto”, durante a pandemia.  Algumas cidades do ABC tiveram um crescimento de procura por profissionais de saúde mental , entre 50 e 60% em relação ao ano de 2019.

Sindicatos químicos atentos à saúde mental: mulheres, SUS, empresas e melhoria do  convívio social.

Para André Alves, secretário de Saúde da Fetquim, o negacionismo do governo federal é responsável pelo aumento do problemas de saúde mental.

“O atual governo gerou um pânico na sociedade com sua postura negacionista e anti-vacina, não só para os infectados, mas também para os profissionais de saúde que mais sofreram. Fez com que as pessoas perdessem renda e emprego, além de provocar um luto maior de entes queridos, gerando sofrimento físico e mental maior. Pra diminuir esse sofrimento é lutar pelo impeachment do Bolsonaro! Ninguém aguenta mais tanto sofrimento!”

"É importante que as mulheres tenham atendimento maior no SUS e nas empresas. É preciso lutar sempre pra superar as desigualdades em relação a nós, mulheres, que temos tantas especificidades em relação à saúde e precisamos de uma atenção especial”, complementa Rosângela Paranhos, secretária das Mulheres da Fetquim.

Com informações do El País, Lancet e do Dgabc

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