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Para o bem do Brasil, projeto de privatização de Bolsonaro tem revés


O megaleilão de quatro áreas do Pré-Sal na Bacia de Santos, litoral do Rio de Janeiro, terminou como um grande fiasco

Publicado: 08/11/2019

Para o bem do Brasil e do povo brasileiro, o projeto de privatização do patrimônio nacional bancado pelo governo Jair Bolsonaro teve um grande revés na última quarta-feira (06). O megaleilão de quatro áreas do Pré-Sal na Bacia de Santos, litoral do Rio de Janeiro, terminou como um grande fiasco. Das 14 empresas habilitadas, só sete compareceram ao evento e se não fosse a Petrobras, o fiasco seria ainda maior.

A área mais cobiçada, o bloco de Búzios, teve só uma oferta feita por um consórcio formado pela Petrobras e duas empresas chinesas. A segunda área de maior interesse, a de Itaipu, ficou com a Petrobras, que foi a única interessada. Os blocos Sépia e Atapu sequer receberam ofertas. 

“O desinteresse pelo leilão deixou evidente o quanto o governo Bolsonaro está queimado internacionalmente. Ninguém deseja investir em um país que está sendo governado por despreparados. A credibilidade do Brasil está arruinada. Por um lado isso é terrível, porque afasta investimentos. Mas por outro, acaba atrapalhando a venda do nosso patrimônio que seria negativo para todo o povo brasileiro”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

A viagem de 12 dias de Bolsonaro por países da Ásia e Oriente Médio, onde apresentou as oportunidades de investimento no Brasil, não resultou em nada. Nenhuma empresa petrolífera do Japão, Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita se mostrou interessada no Brasil. Apenas a China comunista, que já se mostrava interessada antes da viagem, salvou. Quem diria! 

A dúvida paira agora sobre o projeto de privatização de 17 empresas estatais anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da economia Paulo Guedes, em agosto de 2018. Uma das justificativas apontadas para as privatizações de é que as empresas públicas pesam no orçamento da União e que o Brasil estaria quebrado. Mais mentiras espalhadas pelo governo em meio a milhares de outras inverdades produzidas e espalhadas pelos aliados de Bolsonaro desde o período eleitoral. 

Antes de qualquer coisa, o Brasil não está quebrado. Segundo a auditora fiscal aposentada da Receita Federal e coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, o País tem mais de R$ 4 trilhões em caixa, em contas no Banco Central, no Tesouro Nacional e em reservas estrangeiras, que deveriam estar sendo usados para investir no país e recuperar a sua economia. 

Por outro lado, na lista de empresas a serem privatizadas estão empresas lucrativas para o Estado brasileiro, Entre elas a Eletrobrás que, em 2018, lucrou R$ 13,3 bilhões. Já o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), considerada como a melhor empresa de Tecnologia da Informação do Brasil, teve um lucro, também naquele ano, de R$ 459,7 milhões, e a Dataprev, de R$ 150,6 milhões. Há informações do próprio Governo de que os Correios apresentou lucro de R$ 300 milhões de reais no ano passado. 

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