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PEC-32 pode ficar para depois das eleições. Mas mobilização não para


A pressão dos servidores públicos federais, estaduais e municipais contra a proposta de Reforma Administrativa do governo Bolsonaro (PEC-32) está surtindo efeito

Publicado: 07/12/2021



A pressão dos servidores públicos federais, estaduais e municipais contra a proposta de Reforma Administrativa do governo Bolsonaro (PEC-32) está surtindo efeito. Em entrevista ao site Poder 360, o líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse que a reforma administrativa (PEC 32/2020) “provavelmente” irá ficar para depois das eleições marcadas para o ano que vem. 

Na ocasião, o líder bolsonarista lamentou que “houve uma grande mobilização dos atuais servidores em protesto à Reforma”. O líder do governo disse que, por conta dos protestos, “não houve ambiente para votá-la”, de forma que “provavelmente ficará para depois do ano eleitoral”. 

“Ou seja, se elegermos um presidente e parlamentares progressistas, que defendem a classe trabalhadora, essa Reforma não será aprovada e venceremos esta batalha. O importante agora é não pararmos nosso trabalho de pressão sobre os deputados. Isso porque essa fala do Ricardo Barros pode ser mais um blefe do governo. Mais uma mentira. Não podemos descansar para que eles não coloquem a proposta em votação”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. Importante destacar que, em 2022, apesar das eleições, existe a possibilidade da Reforma ser votada. "Só iremos dar sossego aos deputados quando essa PEC for rejeitada", complementou José Carlos. 

Em entrevista ao Estadão Broadcast, o relator da Reforma Administrativa, deputado Arthur Maia (DEM-BA), disse também que este não é o momento para propostas como essa: “Toda reforma, por mexer em estruturas, tem resistências. Na medida em que vai se aproximando da eleição, temas como esse são mais difíceis de tramitar na Câmara. Hoje, vejo pouca chance de a reforma administrativa caminhar durante o atual governo”, disse.

Para aprovar o desmonte do setor público brasileiro, o governo Bolsonaro está promovendo um grande balcão de negócios no Congresso. Ofertas de emendas estão sendo feitas para os parlamentares fecharem os olhos para a destruição que será provocada pela PEC-32. Mas, devido a atuação dos servidores, muitos parlamentares estão com receio de não serem eleitos e não irão votar contra um projeto que irá afetar a maioria da população.  

Ato de rua

Os servidores públicos pernambucanos realizaram mais um ato de rua (foto) contra a PEC-32, na última terça-feira (09). O ato fez parte da mobilização nacional contra a Reforma, que aconteceu em vários estados brasileiros, na quarta (08). No Recife, devido ao feriado de Nossa Senhora da Conceição, a mobilização foi antecipada. Os servidores se reuniram, a partir das 15h, na esquina da avenida Conde da Boa Vista e Sete de Setembro.  Representantes do Sindsep-PE fizeram parte do ato. Na ocasião, eles falaram à população, que transitava pela avenida mais movimentada do centro do Recife, sobre os males que a Reforma pode trazer para todos os serviços públicos  brasileiros, caso seja aprovada. 

Pressão

A atuação nas redes sociais também é indispensável. Os servidores podem participar da mobilização na internet por meio do site Na Pressão (aqui). No site, o trabalhador pode enviar mensagens para os deputados federais, solicitando que eles rejeitem a proposta. O passo a passo é simples. Ao acessar a campanha, o servidor pode mandar seu recado pelo WhatsApp, e-mail ou telefone. E a mensagem a ser enviada é: votou a favor da reforma, não voltará a ser eleito.

Também tem a campanha Cancela a Reforma. No site da Condsef/Fenadsef (aqui), os trabalhadores podem ter acesso ao material produzido para a campanha.  A campanha também está no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube. Procure por @cancelaareforma. Para receber todas as informações da luta contra a PEC-32, o interessado também pode enviar uma mensagem para o número de telefone: (61) 98357-4114 ou (81) 99976-2839.
 

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