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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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A fome no Brasil só poderá ser combatida por um governo que retome todos os programas sociais destruídos pelo governo Bolsonaro, que reveja os investimentos em obras de infra-estrutura para gerar emprego e renda e que volte a investir no país
Publicado: 05/07/2022
A depender de Jair Bolsonaro o povo brasileiro continuará passando fome. Hoje, já são mais de 33 milhões de brasileiros e brasileiras que passam fome no país. A crise econômica, as altas taxas de desemprego e de trabalho informal e a disparada da inflação são os principais fatores a promover o empobrecimento do povo brasileiro. Além dos que passam fome, 125,2 milhões de pessoas, ou seja, 6 a cada 10, brasileiros e brasileiras sofrem com a insegurança alimentar, quando a pessoa não tem acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficientes. E o que Bolsonaro faz? Encaminha ao Congresso Nacional uma medida eleitoreira, que irá durar por apenas cinco meses, para retomar o antigo valor do Auxílio Brasil de R$ 600,00.
O Auxílio foi aprovado pelo Congresso Nacional durante a pandemia do novo coronavírus, no valor de R$ 600,00, a muito contragosto de Bolsonaro, que só queria pagar R$ 200,00. Quando a pandemia arrefeceu com o número crescente de pessoas vacinadas e a redução do contágio e das mortes, o governo reduziu o Auxílio para os atuais R$ 400,00. Agora, faltando menos de 90 dias para as eleições, Bolsonaro encaminha um projeto ao Congresso Nacional que está sendo conhecido como a PEC do Desespero. Isso porque o atual presidente está perdendo em todas as pesquisas de intenção de votos para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem grandes chances de ganhar as eleições no primeiro turno.
“Bolsonaro está promovendo este aumento agora, mas o Auxílio só será pago até o mês de dezembro. Ou seja, as 18 milhões de pessoas atendidas pelo programa temporário ficarão sem os benefícios a partir de janeiro. Então teremos mais essa quantidade de pessoas passando fome no Brasil a partir do ano que vem. O presidente acredita que o povo brasileiro é burro e irá cair em mais esse engodo. Além de não resolver o problema, isso é um tremendo desrespeito com a população pobre deste país, que não se deixará enganar”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.
O aumento do Auxílio Brasil de R$ 400,00 para R$ 600,00 é uma pauta dos movimentos sociais e partidos de esquerda há vários meses. Mas essa pauta nunca foi atendida pelo Governo. “Agora, Bolsonaro resolve conceder esse reajuste. É muito óbvio que é um projeto visando apenas as eleições e que ele não tem nenhuma preocupação com o povo”, complementou José Carlos.
A fome no Brasil só poderá ser combatida por um governo que retome todos os programas sociais destruídos pelo governo Bolsonaro, que reveja os investimentos em obras de infra-estrutura para gerar emprego e renda e que volte a investir no país. "Em um governo que está destruindo a economia nacional, entregando as estatais a preço de banana e acabando com as políticas públicas, com os programas e projetos sociais implementados nas últimas décadas, o povo brasileiro jamais terá vez", comentou o secretário-geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira.
Setor público
O desmonte do setor público é uma política do atual governo desde quando Bolsonaro assumiu a Presidência. Bolsonaro ainda não conseguiu, graças à luta do movimento sindical, mas o seu projeto é o de aprovar a Reforma Administrativa (PEC-32) logo após as eleições para repassar os serviços prestados pelo governo para a iniciativa privada, beneficiando empresários brasileiros sedentos por lucros. Diversos serviços passarão a ser ofertados apenas a parcela da população que poderá pagar por eles, deixando os trabalhadores de baixa renda e os desempregados ainda mais à margem da sociedade.
Paralelamente ao desmonte, o governo federal também promove o achatamento salarial da categoria de servidores públicos federais, que já está há mais de cinco anos sem reposição salarial. Este ano, o governo chegou a afirmar que concederia um reajuste de apenas 5% para a categoria. Mas resolveu voltar atrás e, logo depois, anunciou o aumento do Auxílio Brasil para tentar ganhar votos da população, reeleger Bolsonaro e continuar destruindo o Brasil.