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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 24/09/2025
Do Brasil 247
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez nessa terça-feira (23) um duro pronunciamento na 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em que pediu formalmente que a organização abra “processos criminais” contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação foi publicada pelo jornal O Globo.
Em sua fala, Petro acusou Trump de ordenar ataques contra supostos barcos de tráfico de drogas no Caribe, operações que resultaram na morte de pelo menos 14 pessoas. Segundo o líder colombiano, entre as vítimas havia “jovens pobres” que não tinham sequer armas para se defender. “Foram disparados rifles contra jovens que simplesmente queriam escapar da pobreza”, declarou Petro, levantando suspeitas de que parte dos mortos pode ser de nacionalidade colombiana.
Escalada militar no Caribe
As operações militares foram confirmadas pelo próprio Trump, que justificou as ofensivas como parte de uma estratégia de combate ao narcotráfico. Nos últimos meses, os Estados Unidos mobilizaram oito navios de guerra para a região, intensificando a presença militar em águas próximas à Venezuela.
O governo americano já realizou pelo menos três ações desse tipo, todas sob a justificativa de interceptar embarcações destinadas ao tráfico internacional de drogas. No entanto, para Petro, os ataques não apenas violam o direito internacional como expõem populações vulneráveis a execuções sumárias.
Contexto político e tensão com a Venezuela
O presidente colombiano também alertou para o caráter político dessas operações, que ocorrem em meio à ofensiva aberta de Trump contra o governo de Nicolás Maduro. No último sábado, Caracas promoveu uma jornada de treinamento militar nas ruas para preparar civis diante da possibilidade de uma agressão direta dos Estados Unidos.
Enquanto isso, Trump elevou o tom das ameaças ao governo venezuelano, afirmando que Caracas enfrentará consequências “incalculáveis” caso se recuse a aceitar o retorno de imigrantes deportados dos EUA. Para o governo venezuelano, trata-se de uma clara tentativa de promover uma “mudança de regime” visando ao controle das vastas reservas de petróleo e outros recursos naturais do país.
Petro exige responsabilização internacional
A fala de Petro reforça a cobrança por maior responsabilização de chefes de Estado que utilizam força militar de maneira arbitrária. “Não se trata apenas de soberania nacional, mas do direito à vida de jovens que não podem ser tratados como alvos descartáveis em nome de interesses geopolíticos”, disse o presidente colombiano.
Ao pedir que a ONU investigue diretamente Trump, Petro eleva a disputa a um nível sem precedentes, sugerindo que o atual presidente dos Estados Unidos seja responsabilizado em tribunais internacionais por violações de direitos humanos.