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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
(81) 3131.6350 - sindsep@sindsep-pe.com.br
Publicado: 10/11/2025
Do GGN
A COP 30 lança definitivamente o Brasil na liderança global pelo meio ambiente e pela luta contra o aquecimento planetário.
O Tropical Forest Forever Facility (TFFF), ou Fundo Florestas Tropicais para Sempre, representa uma iniciativa inovadora para a conservação das florestas tropicais, liderada pelo Brasil e representa uma mudança radical na legislação atual de defesa do meio ambiente.
O modelo do mercado de carbono é profundamente ingrato para com os países sequestradores de carbono – como o Brasil, com suas florestas tropicais e seu mangue e a maioria dos países africanos e do Sul Global.
Pelo modelo vigente, não se remunerava a manutenção do meio ambiente, mas apenas a recuperação de regiões degradadas ou a ampliação das reservas ambientais. A partir daí, empresas de auditoria – muitas de reputação duvidosa, todas estrangeiras – definiam o crédito de carbono gerado. O fazendeiro vendia por 5 dólares e esse crédito era revendido por até dez vezes mais no mercado europeu.
Lançado na COP 30, o Fundo Tropical das Florestas (TFFF) é uma revolução na questão da responsabilização de quem polui e no financiamento de quem preserva. Como é explicado no portal do Ministério da Fazenda, “países que preservam suas florestas tropicais serão recompensados financeiramente via fundo de investimento global. Em vez da destruição, a conservação se torna economicamente vantajosa, gerando desenvolvimento social e econômico”.
O TFFF (Tropical Forest Forever Facility) foi oficialmente lançado em 6 de novembro de 2025, durante a Cúpula de Líderes da COP30 em Belém. A iniciativa recebeu endosso de 53 países, com mais de US$ 5,5 bilhões anunciados em compromissos iniciais.
O pagamento será de US$ 4 por hectare preservado. O projeto poderá beneficiar mais de 70 países tropicais, cobrindo até 1 bilhão de hectares de floresta. Pelo menos 20% dos recursos irão para povos indígenas e comunidades locais.
Os avanços internos
Secretário-Executivo adjunto, cabe a Rafael Ramalho Dubeux o acompanhamento de todas as ações ambientais dispersas pelos diversos Ministérios.
Avanços Legislativos
Entre os marcos regulatórios recentes, destacam-se:
• Lei do Mercado Regulamentado de Carbono, separando-o do mercado voluntário e garantindo maior integridade dos créditos.
• Lei do Hidrogênio de Baixo Carbono e Lei da Energia Eólica Offshore.
• Programa MOVER, voltado à mobilidade sustentável.
Essas medidas reforçam a transição para uma economia verde, com regras claras e instrumentos de fiscalização robustos.
Finanças Verdes e Fundo Clima
O Brasil já realizou três emissões de títulos sustentáveis, cada uma entre US$ 2 e 2,25 bilhões. Os recursos captados são canalizados para o Fundo Clima, operado pelo BNDES, que ampliou sua capacidade de desembolso de R$ 200 milhões/ano para até R$ 10 bilhões/ano. O diferencial está na destinação exclusiva para projetos limpos, como ônibus elétricos, e na possibilidade de oferecer crédito competitivo sem onerar o Tesouro.
Mercado de Carbono e Serviços Ambientais
O mercado voluntário de carbono brasileiro, considerado frágil, dá lugar a um sistema regulado com metodologias rigorosas e créditos de alta integridade. Paralelamente, o Fundo Florestas Tropicais (TFFF) surge como mecanismo internacional de remuneração pela preservação das florestas. Países como Noruega, Indonésia, França e Alemanha já anunciaram aportes bilionários, reforçando a ideia de que o custo da preservação deve ser compartilhado globalmente.
A inovação é vista como eixo central da nova economia verde. Entre os projetos destacados estão:
• Centro de Competência em Hidrogênio de Baixo Carbono, com integração internacional.
• Programa Universidades Inovadoras e Sustentáveis, em parceria com os ministérios da Educação e da Ciência/Tecnologia.
Agricultura Familiar e Inclusão
A agricultura familiar foi reconhecida como peça-chave para a sustentabilidade e inclusão social. Editais de inovação tecnológica estão previstos para apoiar máquinas agrícolas adaptadas a pequenos produtores. Experiências locais, como as de Maricá e do Morro da Penha, foram citadas como exemplos de transformação social e econômica.
Mineração Sustentável
A mineração, setor estratégico para a transição energética, ganha novos contornos com a taxonomia sustentável brasileira. O objetivo é evitar a exportação de commodities sem processamento, investindo em refino e transformação mineral. Programas como o NECO-INVEST buscam atrair capital estrangeiro para industrialização e inovação, sempre com padrões ambientais elevados.
Desafios Digitais
Apesar dos avanços, críticas foram feitas à infraestrutura digital brasileira, especialmente à baixa qualidade da banda larga e à cartelização dos preços. A conectividade é vista como condição essencial para sustentar a inovação verde.
Próximos Passos
Entre as ações imediatas estão:
• Lançamento de editais para agricultura familiar.
• Consolidação do centro de hidrogênio de baixo carbono.
• Evolução institucional do MIT da Amazônia.
• Monitoramento contínuo do mercado regulado de carbono.
• Internalização dos recursos do TFFF com mecanismos de auditoria e transparência.
Conclusão
O Plano de Transformação Ecológica representa uma mudança estrutural na forma como o Brasil encara desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Ao integrar finanças verdes, ciência, agricultura, mineração e governança social, o país busca se posicionar como líder global em inovação sustentável, conciliando crescimento econômico com responsabilidade ambiental e inclusão social.