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Presidente do União Brasil, partido de Moro, é suspeito de ser dono de aviões usados pelo PCC


Executiva Nacional manifesta solidariedade a Rueda e insinua que investigações são retaliação do governo Lula

Publicado: 19/09/2025

Foto: Divulgação/União Brasil

Do GGN

O advogado Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil, partido do senador e ex-juiz federal Sergio Moro, aparece em inquérito da Polícia Federal que apura as conexões empresariais e políticas do PCC (Primero Comando da Capital). Rueda é suspeito de ser o dono oculto de aeronaves executivas que teriam sido utilizadas em benefício da facção criminosa. A informação é do portal CNN Brasil.

Procurado pelo GGN através de sua assessoria de imprensa, Moro não se manifestou a respeito das suspeitas que recaem sobre o presidente de seu partido. Rueda esteve na posse, no início de setembro, da presidência de Moro no União Brasil do Paraná [foto]. Na ocasião, Moro disse nas redes sociais que iria aproveitar sua projeção para trabalhar contra o PCC.

À reportagem, a assessoria de Moro encaminhou uma nota oficial da Executiva Nacional e das lideranças do União Brasil na Câmara, politizando o caso e manifestando “irrestrita solidariedade ao presidente Antônio Rueda, diante de notícias infundadas, prematuras e superficiais que tentam atingir a honra e a imagem do nosso principal presidente.”

A nota diz achar “estranheza” quanto ao momento em que surgem as suspeitas sobre Rueda: logo após o União Brasil ter determinado o afastamento imediato de seus filiados de cargos do governo Lula. “Tal coincidência reforça a percepção de uso político da estrutura estatal visando desgastar a imagem da principal liderança”, diz a direção do União Brasil.

O silêncio de Moro

O silêncio de Moro ganha contornos salientes porque, em 2023, o senador se colocou como o “principal” inimigo do PCC, que supostamente teria criado um plano para assassinar o ex-juiz, em retaliação ao período em que atuou como ministro da Justiça e realizou a transferência de vários chefes da facção criminosa para presídios federais.

As suspeitas sobre Rueda

O nome de Rueda aparece nas investigações da Operação Carbono Oculto, que apura a infiltração do PCC no setor de combustíveis e em fundos de investimentos.

A principal suspeita é que Rueda seja o dono oculto de jatos executivos, registrados em nome de terceiros e fundos de investimento, que teriam sido utilizados para transportar integrantes do crime organizado em voos domésticos e internacionais.

Testemunha implica Rueda

Em entrevista ao ICL Notícias, o piloto da empresa Táxi Aéreo Piracicaba (TAP), Mauro Caputti Mattosinho, afirmou que um dos aviões suspeitos pertencia a uma companhia onde Rueda seria sócio oculto. A declaração foi ratificada em depoimento à Polícia Federal, segundo o portal UOL.

Mattosinho, que trabalhou para a TAP, identificou Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, como chefes do esquema criminoso do PCC. Foragidos, eles são apontados como líderes da facção na gestão de fundos de investimento para lavagem de dinheiro e fraudes fiscais bilionárias no setor de combustíveis. O piloto ainda reforça que Rueda foi citado pelo dono e funcionários da TAP como o líder de um grupo que financiou clandestinamente a compra de aeronaves particulares.

Fora do inquérito

A PF ressaltou, segundo informações da CNN, que Rueda ainda não é formalmente investigado em inquérito. Em resposta às acusações, Antônio Rueda classificou a situação como uma “campanha difamatória”, alegando que as ilações são irresponsáveis, sem fundamento e com um pano de fundo político, orquestradas para atacar adversários. Ele afirmou estar tomando as medidas cabíveis para proteger seu nome e a reputação do partido.



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