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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 07/01/2016
A Receita Federal aponta em um relatório que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sua mulher e sua filha tiveram um aumento patrimonial incompatível com os seus rendimentos nos últimos anos. Segundo o documento, os valores considerados como aumento patrimonial "a descoberto" da família totalizam R$ 1,8 milhão, entre 2011 e 2014.
Além do salário de R$ 33,7 mil como deputado, Cunha e Cláudia Cruz, sua esposa, também são sócios de empresas na área de comunicação, como a C3 produções e Jesus.com. Segundo a Folha de São Paulo, o deputado disse que o dinheiro vem de negócios do exterior.
A investigação aponta que a filha, Danielle Dytz da Cunha, teve aumento de sete vezes no patrimônio. De acordo com dados do seu Imposto de Renda, ela passou de R$ 208 mil em 2010, a R$ 1,5 milhão em 2014. Uma transferência de R$ 800 mil feita por Cunha em 2013 influenciou significativamente esse aumento.
O pedido para a apuração da Receita foi feito pela Procuradoria-Geral da República, nos marcos da Operação Lava Jato. A Folhateve acesso a este relatório que está sob sigilo e foi finalizado em 29 de outubro.
A assessoria de Cunha informou à reportagem da Folha que ele não possui patrimônio "a descoberto" e que desconhece o relatório da Receita Federal. A investigação, caso comprove irregularidades, pode resultar na cobrança de impostos devidos e de multas, além de fundamentar investigações criminais.
Cunha e sua família já são investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de terem mantido contas secretas no exterior abastecidas com recursos desviados da Petrobras, no valor de US$ 5 milhões. Cunha também é alvo de um pedido de afastamento do comando da Câmara feito pela Procuradoria-Geral da República e responde a um processo de cassação na Câmara.