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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 01/09/2025
Sabe-se que empresas ligadas ao sistema financeiro brasileiro investem em campanhas de políticos de direita e extrema-direita para elegê-los ao Congresso Nacional. Há quem diga que o financiamento acontece para que os deputados e senadores defendam os interesses dessas empresas e de seus proprietários e acionistas no parlamento. Isso sempre foi mencionado e criticado pelos políticos, partidos e movimentos de esquerda vinculados à classe trabalhadora.
O que não era público é que a organização criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC) estava utilizando fundos de investimentos da Faria Lima, maior centro financeiro do país, para ocultar patrimônio de origem ilícita, lavar dinheiro do crime e lucrar bilhões.
Depois da deflagração das operações "Carbono Oculto", "Quasar" e "Tank", que envolveram cerca de R$ 140 bilhões, várias perguntas surgiram. Entre elas: será que o dinheiro do PCC está financiando políticos que defendem os interesses da Faria Lima? Do setor financeiro brasileiro? Financiando as campanhas de quem defende pautas como a reforma Administrativa que irá promover o desmonte do setor público em todo o país e beneficiar os grandes empresários?
O PCC teve 42 alvos de mandados relacionados à operação Quasar na avenida Faria Lima! Entre os alvos estão gestoras de fundos de investimentos e instituições financeiras.
Já se sabe que as mentiras sobre o PIX espalhadas pelo deputado Federal Nikolas Feirreira (PL) e outros parlamentares de direita ajudaram o PCC a manter o esquema milionário. As mentiras estavam relacionadas a iniciativa da Receita Federal que iria impossibilitar a lavagem de dinheiro de empresas da Faria Lima. Sabe-se que o vídeo do parlamentar, com as mentiras, foi impulsionado pelas empresas ligadas ao PCC.
Já se sabe também que os investigados das operações financiavam, com dinheiro ilícito, lobistas que atuam junto a parlamentares em Brasília. Embora não existam políticos explicitamente nomeados na lista de investigados, a PF recebeu denúncias, de uma das testemunhas, de que o ex-ministro de Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP), teria recebido dinheiro vivo dos chefes do esquema criminoso.
As ações que resultaram em bloqueios de bens e buscas por pessoas físicas e jurídicas sugerem que a investigação pode se aproximar do âmbito político sim.
Desmonte do setor público
Sempre que existe uma proposta do Congresso Nacional que visa à redução de investimentos no setor público, o sistema financeiro brasileiro comemora.
Os cortes de investimentos nos serviços públicos - que hoje estão sendo propostos pela reforma Administrativa - fazem com que os recursos destinados ao pagamento dos papéis da dívida, de posse de grandes investidores, continuem garantidos.
Além disso, também existe interesse, por parte da elite financeira brasileira, em promover o desmonte do Estado. A partir do momento que o Estado não atender mais a população, a iniciativa privada pode ingressar nos mais diversos setores públicos, oferecendo serviços a altos custos e, desta forma, obter altos lucros.
Bem... os pontos estão sendo ligados.
Agora, nos resta aguardar que tudo seja esclarecido e que os culpados sejam julgados e presos. Enquanto isso, a sociedade brasileira precisa se unir para lutar contra o desmonte do setor público e contra a reforma Administrativa.