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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 10/10/2019
A retomada da democracia brasileira, dos direitos sociais e trabalhistas, que passam necessariamente pela liberdade do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, deve ser a luta prioritária para a próxima direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Esse foi o mote do 13º Congresso Nacional da CUT (Concut), que aconteceu na Praia Grande, São Paulo, entre os dias 07 e 10 de outubro.
Na ocasião, foi eleita a nova direção da Central que, a partir de agora, contará com o nome de Sérgio Nobre como seu presidente. Sérgio era o secretário geral da entidade. Na vice-presidência assumirá o atual presidente Vagner Freitas.
“O papel da CUT é ir além das questões salariais, é lutar por uma sociedade socialista e justa, onde o trabalhador não seja explorado pelo capitalismo. É lutar para que o Brasil esteja no mundo por direito e não para ser colônia do imperialismo europeu e norte americano”, disse Vagner Freitas.
Sindicalistas de todo o Brasil, integrantes de movimentos sociais e políticos de esquerda se reuniram no Congresso que teve como tema Lula Livre – Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania e Democracia. Dez representantes do Sindsep-PE marcaram presença.
“Estivemos no Concut, mais uma vez, demonstrando a importância da nossa união para retomarmos o caminho de desenvolvimento e geração de empregos no país”, destacou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. “Precisamos estar atentos contra o desmonte do serviço público e do patrimônio nacional”, complementou o secretário geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira.
Entre os assuntos discutidos no encontro: a precarização do trabalho, após a “reforma” trabalhista, e o ataque a Previdência Pública, com a iminente aprovação da “reforma” de Bolsonaro. Debateram ainda a perseguição do governo Bolsonaro às entidades que representam os trabalhadores. Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o movimento sindical precisa se reorganizar para apresentar novamente uma agenda propositiva.
“A agenda para sair desse congresso é de reorganização em busca de uma estratégia propositiva. Rearticular o campo da esquerda em uma linha desenvolvimentista e de combate à desigualdade”, afirmou.
Dirigentes da CUT também propuseram incluir a defesa dos trabalhadores informais e desempregados na luta sindical como uma das prioridades da nova gestão. O objetivo da mudança é abarcar os trabalhadores que sofreram perdas de direitos após a aprovação da reforma trabalhista e reunir o grande contingente de desempregados do país que aumenta a cada dia com a política ultraliberal do governo Bolsonaro.
“Como diz o Papa Francisco, precisamos ser sentinelas e cuidar também de quem perdeu seus empregos. Se queremos de fato ser a Central dos Trabalhadores não podemos ter a lógica de defender só quem tem carteira assinada. Precisamos cuidar dos desempregados, dos que perderam a dignidade e perderam toda a possibilidade de terem alguma proteção social do Estado”, disse a ex-vice-presidenta da CUT, Carmen Foro.
É possível reverter o desmonte de direitos
O 13º Concut também contou com a presença de nomes como o da ex-presidenta Dilma Rousseff, do ex-presidenciável e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, da presidenta do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann, e do ex-chanceler Celso Amorim.
O ex-presidente Lula enviou uma carta aos participantes, lida por Haddad, em que defendeu a luta democrática para superar ‘tragédia Bolsonaro’. O ex-presidente se disse “presente” no Concut e reafirmou que não barganha a sua liberdade. Na carta, ele destacou a importância do movimento sindical para a democracia e o crescimento do Brasil.
Já a ex-presidente Dilma Rousseff disse que é possível reverter o desmonte de direitos trabalhistas. “Temos que impedir que o desastre se complete”, disse para depois completar: “Leis e decretos podem ser revistos. Vender a Petrobras e o Banco do Brasil (para o Bank of America) ou destruir a Amazônia não. Acabar com os direitos da classe trabalhadora dá para reverter.” Já Haddad defendeu um “projeto democrático radical” com ênfase no trabalho.