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'Se desligar o Whatsapp por cinco dias, o Bolsonaro desaparece', diz Haddad


Haddad criticou a ausência do Bolsonaro em debates e lembrou o insignificante papel do oponente durante 27 anos em que exerce o cargo de deputado na Câmara Federal

Publicado: 16/10/2018
Escrito por: Rede Brasil Atual

São Paulo – Com a presença de aliados como a deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP), o jornalista  Fernando Morais e o deputado estadual Carlos Giannazi (Psol), o candidato do PT à presidência da República, Fernando Haddad, participou na noite de hoje (15), em São Paulo, de evento em homenagem ao Dia do Professor promovido pela Apeoesp. Ele declarou que "um país não tem futuro sem professores".

Criticou a proposta do adversário Jair Bolsonaro (PSL), que defendeu o ensino a distância. "Quando a gente fala em 800 horas por ano letivo, é algo presencial. Não é algo a ser flexibilizado, porque Bolsonaro quer. Assim seria fácil resolver o problema da creche. Quem sabe ele pensa numa creche à distância", ironizou.

Ele mais uma vez criticou a ausência do oponente em debates. "Lamento que não esteja debatendo com meu adversário. Eu entendo, porque a campanha dele está baseada em mentiras pelo WhatsApp. Se desligar o WhatsApp por cinco dias, o Bolsonaro desaparece", disse o ex-prefeito paulistano.

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O petista lembrou o insignificante papel como Bolsonaro durante 27 anos em que exerce o cargo de deputado na Câmara Federal. "Não é que ele não tenha projetos. Isso já é grave. Mas ele não tem nem decoro para estar naquela casa. Num país civilizado, ele não estaria lá, por falta de decoro."

Como falta de decoro, exemplificou com o desprezo do candidato pela democracia. "Ele entende que a ditadura falhou por só ter torturado, e não ter matado seus opositores. Ele vê o diferente como inimigo. Para o professor, o diferente é uma bênção."

Apesar das pesquisas apontarem vantagem considerável do adversário, ele disse que a campanha está recomeçando agora. "Temos um desafio enorme. Os analistas dizem que é difícil, mas será muito mais difícil aguentar o governo."

Ele se declarou disposto a trabalhar por "uma causa nobre", a democracia. "Não há nada mais importante."

Mencionou a violência disseminada pela sociedade e criticou a postura omissa da imprensa diante das ameaças contra a democracia do país. "A imprensa naturalizou tudo o que ele fala. Ele fala qualquer aberração e a imprensa trata como ponto de vista", disse.  Lembrou que a liberdade de expressão, de práticas religiosas e as liberdades civis estão hoje seriamente amealhadas.

Haddad citou ataques a templos religiosos, como uma igreja pichada com um símbolo nazista. Para ele, trata-se de prenúncio de um conflito jamais ocorrido no país. Disse ainda que Bolsonaro representa "interesses predatórios" que podem significar "o fim da Amazônia". "Ou alguém imagina que se pode preservar a Amazônia sem demarcar terras indígenas?"

Questionado várias vezes sobre pontos da área de educação em um eventual governo, voltou a mencionar a emenda do teto dos gastos e disse que não se pode executar um projeto com a Emenda Constitucional 95 em vigor. O texto congela os gastos sociais por 20 anos. "É inexequível qualquer plano de governo sem revogação da Emenda 95."

Ex-ministro da Educação, se comprometeu, se eleito, a colocar novamente a educação como prioridade, revogar o teto de gastos e revigorar o Plano Nacional de Educação. "A história do Brasil tem sido a história de engavetar belos planos educacionais."

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