SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

(81) 3131.6350 - [email protected]

Home | Notícias

secretario-geral-da-cut-sergio-nobre-faz-projecoes-para-2014


Secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, faz projeções para 2014

Publicado: 01/12/2013

No GARRA DIÁRIO de hoje, a terceira e penúltima parte da entrevista feita com o secretário geral da CUT nacional, Sérgio Nobre, em recente visita dele ao Recife. Veja quais são as projeções do sindicalista para 2014:

 

PROTESTO EM 2014

 

Acredito que as pessoas vão voltar a protestar em 2014 por causa da copa do Mundo. Mas vejo a Copa como um evento positivo. Primeiro que não é um evento do Brasil. É um evento internacional que vai acontecer aqui. Depois, a Copa gera uma visibilidade muito grande para o país. Várias obras também estão sendo feitas nas cidades da Copa.  Agora, é importante que o mundo saiba que o Brasil não é só futebol. Tem mobilização também. Elas vão ocorrer e acredito que isso é democrático. Não concordo com esse tipo de mobilização que as pessoas enfiam um capuz na cabeça e depredam patrimônio público. Isso é injustificável. Se você está em uma ditadura e a ditadura é um regime de força, que não permite mobilização, que oprime a população, então isso te autoriza a revidar. Mas na democracia não tem isso. Você tem liberdade de organizar partidos, sindicatos, de fazer manifestações, porque você vai esconder o rosto e depredar patrimônio público? Isso não faz o menor sentido.  Esperamos que as mobilizações façam o debate do futuro do país.

 

OS TRABALHADORES EM 2014

 

A CUT sempre defendeu a plataforma dos trabalhadores. Nós temos consciência de que não adianta estarmos bem no ambiente de trabalho, se não tivermos condições dignas para viver em nossa cidade. Por isso que a CUT sempre se preocupou, em todas as eleições, em apresentar sua plataforma, defendendo todos os temas que melhoram a qualidade de vida do trabalhador. Em 2014, iremos entregar à sociedade a nossa plataforma sobre os diversos temas e vamos acordar, com os candidatos que terão o apoio da CUT, a se comprometer com o nosso programa.  Além disso, temos uma pauta trabalhista. Estamos reivindicando o fim do fator previdenciário, que é uma grande injustiça com os trabalhadores que durante 35, 40 anos, contribuíram com o teto da previdência e, depois que se aposentam, vê seu salário diminuído com a aplicação de um redutor de 30 a 40% do valor que eles pagaram. Então, isso é inaceitável. Entendemos que o equilíbrio da Previdência é importante para o país, precisa passar por um processo de debate, mas temos que acabar com o fator. Depois precisamos abrir o debate sobre a sustentação da previdência. O Brasil precisa reduzir a jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas. O mundo já reduziu bastante as horas trabalhadas. Hoje, o trabalhador precisa incorporar a formação profissional como algo permanente em sua vida. As novas tecnologias avançam de uma maneira muito rápida. Seja no escritório, em uma metalúrgica, em uma indústria química, os trabalhadores precisam se apropriar do conhecimento.

 

SERVIDOR PÚBLICO

 

Outro problema que temos que enfrentar é a falta de um modelo de negociação para os servidores públicos. Hoje, os prefeitos, governadores e presidentes, negociam na hora que querem. O servidor precisa ter um modelo de negociação. A iniciativa privada tem a data base, que bem ou mal é um momento de negociação. O servidor precisa ter o mesmo direito. Aí não é uma questão econômica, mas uma questão de relação de trabalho. A aprovação da Convenção 151, da OIT, é muito importante. Não é possível que, em pleno século XXI, o servidor público não tenha um modelo de negociação. O interesse maior do Congresso é regular a greve. Quando, para nós, um bom modelo de negociação poderia evitar as greves. Se a negociação funciona, a greve não ocorre. A greve só ocorre porque não existe negociação. E as centrais sindicais já estão se organizando para dar início a grandes mobilizações, pelo país, já no início do próximo ano. Também queremos fazer uma grande ocupação em Brasília, também no começo do ano, para mostrar que a pauta é para valer. Vamos continuar pressionando. Nossos argumentos são bastante consistentes.
« Voltar


Receba Nosso Informativo

X