Serviço público, movimento sindical e conjuntura política no XII ConSindsepPE

Os servidores federais de Pernambuco estão reunidos no XII ConSindsepPE, que começou no Orange Praia Hotel, em Itamaracá, com o tema Serviço Público, Cidadania e Qualidade de Vida. Durante o Congresso, que será encerrado no sábado, cerca de 200 delegados eleitos pela base do Sindsep-PE estão debatendo a conjuntura política internacional e nacional, fazendo um balanço do movimento e organização sindical, traçando um plano de lutas e promovendo a reforma estatutária do sindicato. 

O encontro teve início na tarde de hoje com a leitura do regimento interno, pelo diretor de Comunicação, Fernando Lima. Em seguida, teve a mesa de abertura com falas do coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira, do secretário geral da entidade, José Felipe Pereira, do Secretário Geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo, e do secretário-adjunto de Relações do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Pedro Armengol. Também falaram o secretário de relações exteriores da Condsef e integrante da Internacional do Serviço Público (ISP), Edvaldo Pitanga, a analista técnica do Dieese, Jackeline Natal e o deputado federal eleito Carlos Veras, presidente da CUT Pernambuco. 

Todos defenderam o serviço público, analisaram a conjuntura política atual como um momento difícil, mas se disseram otimistas quanto ao poder de enfrentamento da classe trabalhadora. “Eles querem acabar com o serviço público no Brasil, destinado a maioria da população brasileira que não pode pagar por serviços privados, para transferir tudo aos empresários. Mas não iremos permitir que isso ocorra. Para haver justiça social no Brasil, o país precisa ter um Estado interventor forte. E vamos continuar lutando por isso e pela preservação do direito de todos os trabalhadores”, destacou José Carlos.   

“O momento político não é fácil, mas vamos enfrentar ele de cabeças erguidas. O serviço público sempre foi atacado em toda a história do Brasil e vencemos grandes batalhas. O nosso desafio é permanecermos unidos e reagir aos ataques a altura”, complementou Felipe Pereira.     

Em seguida, o economista, professor da Unicamp e presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, proferiu uma palestra sobre as mudanças históricas que ocorreram na sociedade brasileira e a atuação dos sindicatos. Ele destacou que estamos passando por um novo período na sociedade em que a grande maioria dos trabalhadores está atuando na área de serviços e tem novas preocupações. “Eles não compreendem a luta de classe que existe entre eles e seus patrões e apontam o Estado como o grande mal. Por isso, os sindicatos devem atuar de forma a esclarecê-los, além de promover ações que atendam as suas demandas”, observou.          

Amanhã, o ConSindsepPE tem início, às 8h30, com a palestra A Importância da organização dos servidores públicos diante do projeto ultraneoliberal do novo governo, com o economista e supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Max Leno. 

Em seguida, será aberta a mesa de Reforma Estatutária, coordenada por José Carlos de Oliveira. Após o intervalo para almoço, às 14h30, ocorrerá a palestra do analista político e diretor do Diap, Antônio Queiroz, com o tema Como combater o avanço do conservadorismo no Congresso Nacional. Depois d apalestra terá nova mesa de Reforma Estatutária, e, em seguida, o jantar de confraternização. 

No sábado, o Congresso começa, às 9h, com a Plenária Estatutária Final, coordenada por José Carlos, José Felipe Pereira e pela diretora de Formação Político-sindical, Elna Melo.  Em seguida, será servido o almoço de encerramento.