Servidores da cultura querem ter acesso a proposta de reestruturação da carreira antes de decidirem se a aceitarão

As servidoras e servidores federais pernambucanos da área cultural decidiram que precisam ter acesso à íntegra da proposta de plano de carreira, cargos e salários construída pelo governo federal antes de decidir sobre a sua aceitação. A resolução foi tomada durante assembleia geral realizada nesta segunda-feira (23).

Segundo as(os) servidoras(es), a proposta foi construída sem ampla representação da categoria e a base teve acesso apenas a uma apresentação de powerpoint.

Durante a assembleia, ficou definido que haverá uma articulação, junto ao governo federal, para a instalação de uma mesa de negociação específica. Paralelamente a isso, estão promovendo articulações políticas para a realização de uma audiência pública no Congresso Nacional, em Brasília, na semana em que se comemora o dia do servidor (28 de outubro). Na oportunidade será apresentada uma carta aberta, com as demandas da cultura.  

“A categoria está pedindo o mínimo. Acesso ao conteúdo de uma proposta antes de decidirem se irão aceitá-la ou não. O caminho para solucionar essa questão é o do debate. Não se deve ter pressa em aprovar algo tão importante dessa forma. É uma questão de direito do pessoal da cultura reivindicar a participação e solicitar que o processo seja aberto e o debate seja o mais amplo possível. Se não houver pressão, tudo vai acontecer à revelia da vontade da categoria”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.    

O Sindsep-PE se comprometeu a entrar em contato com a Condsef/Fenadsef, com os integrantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público e com a senadora Teresa Leitão, para articular a audiência. “Não conhecemos o documento a fundo. Apenas em linhas gerais. Não temos como aprovar, endossar, uma proposta se não temos conhecimento sobre ela. Precisamos nos articular e tentar viabilizar esta audiência pública”, comentou o servidor Marcelo Freitas.

Apesar de não aprovarem a proposta, as servidoras e servidores pernambucanos não estão sendo contrários a ela. “É preciso deixarmos claro que ninguém está sendo contra esse projeto, mas precisamos ter um conhecimento mais amplo sobre ele. Ter a documentação nas mãos para fazer um debate com mais conteúdo”, destacou a diretora do Sindsep, Elna Melo.