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Servidores pernambucanos da Funai aprovam, com ressalvas, negociação com governo


A votação ocorreu durante Assembleia Geral Extraordinária realizada pelo Sindsep-PE, nesta quinta-feira (26), através da plataforma ZOOM

Publicado: 26/09/2024

As servidoras e servidores pernambucanos da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) aprovaram a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) relativa ao termo aditivo do acordo 02/2023. No entanto, a aprovação foi apertada, com apenas um voto de diferença e com várias ressalvas, mostrando a insatisfação de parte da categoria.

A votação ocorreu durante Assembleia Geral Extraordinária realizada pelo Sindsep-PE, nesta quinta-feira (26), através da plataforma ZOOM.

A insatisfação das servidoras e servidores pernambucanos está relacionada, sobretudo, ao fato de que o aditivo mantém as distorções e só irá contemplar as novas trabalhadoras e trabalhadores com salários melhores. Quem já estava na Fundação há mais tempo fará parte do PECFunai.    

“Houve uma discriminação enorme. Os novos concursados estão recebendo altos salários e os trabalhadores que sempre foram da casa estão sendo escanteados”, destacou o servidor Leonilson Silva.

“Não tivemos espaço para aprofundar o debate. Fizemos propostas, mas elas não foram levadas em consideração. Importante dizer que as trabalhadoras e trabalhadores mais antigos se formaram como indigenistas na prática. No dia a dia de trabalho junto aos indígenas. E não devem em nada aos novos concursados”, observou Inalda Laurentino.   

O problema é que nem todos foram incluídos na carreira de especialista em indigenismo. “O termo trata de paridade de remuneração, mas temos distorções nas tabelas remuneratórias. Por isso, restaram muitas dúvidas quanto aos conceitos e valores apresentados, que não corrigem distorções, nem promovem essa paridade de remuneração”, comentou a diretora do Sindsep-PE, Elna Melo.

Para o diretor Eduardo Albuquerque, as diversas negociações com o governo se restringiram aos reajustes de salários e benefícios. A prometida reestruturação das carreiras ainda não houve de verdade.

“O que foi negociado acabou por ampliar as discrepâncias salariais entre trabalhadores que atuam no mesmo órgão. Mas o processo de reestruturação de carreira não acabou. Precisamos nos unir e pressionar o governo a promover uma reestruturação de verdade. Apenas a força de todos pode fazer com que o governo mude de visão e atenda às nossas demandas”, disse.  

O coordenador-geral do Sindsep, José Carlos de Oliveira, destacou que as servidoras e servidores precisam se unir ao Sindicato para disputar e lutar por mudanças.  

“Precisamos disputar no governo a visão de estado que acreditamos e queremos, que se contrapõe ao que vem sendo implementado pelo MGI. Hoje, o pessoal com os maiores salários está recebendo os maiores reajustes. Isso se traduz em uma grande discriminação com a massa das trabalhadoras e trabalhadores, que têm uma contribuição decisiva para fazer funcionar a máquina do serviço público”, concluiu.



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