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Silveira diz que Brasil buscará sinergia com os EUA em minerais críticos e atração de investimentos em data centers


Ministro de Minas e Energia afirma que reunião com secretário americano visa ampliar cooperação no setor e abrir nova fase nas relações entre os países

Publicado: 17/10/2025

Alexandre Silveira - Foto: Ricardo Botelho/Flickr/MME

Do Brasil 247

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (16) que o governo brasileiro pretende estreitar a cooperação com os Estados Unidos nas áreas de minerais críticos e data centers, aproveitando o interesse americano no setor para atrair novos investimentos e capital privado ao país. As declarações foram dadas após a inauguração do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo informações do Valor Econômico.

Silveira destacou que a criação do CNPM marca uma nova etapa na política mineral brasileira, ao mesmo tempo em que abre espaço para convergências estratégicas com Washington, especialmente no contexto da transição energética global e da crescente demanda por insumos tecnológicos.

“Voltamos a ter essa relação com os EUA, e vamos aproveitar essa oportunidade para discutir política de investimento em data center no Brasil, política elaborada pelo ministro Haddad, Alckmin e MME. Nós vamos discutir como criar um ambiente ainda mais propício para atrair investimentos e buscar convergências entre o que temos de minerais e o capital americano para explorá-los”, disse o ministro.

Cooperação com os EUA e disputa global por minerais

Silveira se reunirá na próxima semana, durante o encontro do G7 no Canadá, com o secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, para discutir investimentos bilaterais e a possibilidade de alianças comerciais no setor mineral.

“Óbvio que [a criação do conselho] abre novas oportunidades para o Brasil, abre uma janela de oportunidade muito grande para que a gente possa ter uma grande sinergia com os EUA nessa área. Naturalmente é uma primeira conversa, então há de se ter uma visão clara do que vai convergir entre a visão do governo americano e brasileiro”, afirmou o ministro.

A aproximação ocorre em um contexto em que os minerais críticos — como lítio, nióbio, cobre e terras raras — se tornaram ativos geopolíticos estratégicos, centrais para a indústria de alta tecnologia e a transição energética global. O Brasil é considerado um dos países com maior potencial de crescimento sustentável na área, em meio à disputa entre Estados Unidos e China pelo domínio das cadeias produtivas de energia limpa.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o Brasil detém cerca de 10% das reservas mundiais desses recursos, mas responde por apenas 0,09% da produção global. O governo avalia que a parceria com os EUA pode ajudar a ampliar investimentos em exploração e industrialização, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo a posição do país no mercado global.

Nova estrutura para o setor mineral

Durante o evento no Palácio do Planalto, Silveira também anunciou que o governo criará um segundo conselho voltado exclusivamente para minerais críticos, com a função de assessorar o presidente Lula na formulação de políticas estratégicas para o setor.

O ministro ressaltou que a criação do CNPM representa uma janela de oportunidade para o país construir uma política industrial moderna e sustentável, alinhada aos interesses da economia verde e da soberania nacional.

 “A criação do Conselho Nacional de Política Mineral abre um novo ciclo para o Brasil. Nosso objetivo é garantir que a exploração de recursos naturais se transforme em desenvolvimento, inovação e justiça social”, afirmou Silveira.

Com a retomada do diálogo de alto nível com os Estados Unidos, o governo Lula busca conciliar a atração de investimentos estrangeiros com a defesa dos interesses estratégicos brasileiros, num cenário em que o acesso a minerais críticos será decisivo para o equilíbrio energético e tecnológico do século XXI.



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