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Sindicatos da Condsef avaliam amanhã proposta de reajuste do governo


O que for encaminhado nesta sexta precisa ser referendo na plenária nacional de amanhã, que discutirá também calendário de mobilização e indicativo de greve

Publicado: 02/07/2015
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

Amanhã tem reunião do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) da Condsef, em Brasília. Sindicatos da base da Confederação, entre eles o Sindsep-PE, estarão avaliando a proposta de reajuste de 21,3% oferecida pelo governo para os anos de 2016, 2017, 2018 e 2019. O que for encaminhado nesta sexta precisa ser referendo na plenária nacional de amanhã, que discutirá também calendário de mobilização e indicativo de greve. 

Os sindicatos da Condsef devem apresentar no CDE o que foi decidido nos estados. A ideia é chegar a um consenso. Construir uma proposta única que será apresentada ao governo na próxima terça-feira, dia 7. Nessa data, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) tem reunião marcada com o Ministério do Planejamento.

PROPOSTA SINDSEP-PE
Em assembleia realizada na noite dessa quarta-feira, 1º de julho, na sede do Sindsep-PE, os servidores rejeitaram a proposta do governo de 21,3% para quatro anos. Eles querem negociar um percentual melhor em um prazo menor, no caso dois anos, com mecanismos de acompanhamento da inflação, incluindo tratamento igualitário para os aposentados. 

A proposta inicial da categoria, encaminhada no mês de fevereiro ao governo, reivindica um reajuste de 27,3% para 2016.

Na assembleia de quarta, os filiados definiram também que deve permanecer a luta por aumento nos benefícios (alimentação, creche e per capita do plano de saúde) e reajustes para 2018 e 2019. Além disso, foi encaminhada a solicitação de um estudo ao Dieese para saber definir se o reajuste deve incidir sobre a remuneração fixa ou vencimento básico.

Para antecipar a discussão da proposta do governo, o Sindsep-PE convidou a economista do Dieese em Pernambuco, Jackeline Natal, para fazer uma análise do cenário atual. Ela explicou que estamos de fato numa crise, mas numa situação bem mais confortável que no passado. 

Jackeline explica que nos últimos 12 anos a economia brasileira tem sido conduzida de forma diferente. Hoje, o Estado é o indutor da economia. Fez vários investimentos na área social, promovendo distribuição de renda. Elevou o valor dos salários mínimos e fez vários financiamentos para fomentar a economia. Isso por um tempo deu certo, mas chegou um momento que o setor privado deixou de investir e, para economia continuar crescendo, precisou ainda mais do Estado. Resultado: a conta ficou pesada para os cofres públicos. 

Para a economista do Dieese, apesar da situação não está boa. Tudo indica que vai melhorar a partir das medidas de ajuste fiscal. “Apesar da crise, da recessão, o Brasil está longe de ser uma Grécia”, explica Jackeline. Hoje, por exemplo, o Brasil compromete 62% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com a dívida pública, já a Grécia, 160%. Os Estados Unidos, considerado uma potência, gasta 100% do seu PIB com dívida pública. 

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