Sindsep-PE na COP30. Presente!

Servidor federal do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e integrante de instituições da sociedade civil do segmento ambientalista, o diretor do Sindsep-PE, Alexandre Moura, está participando da COP30, que ocorre de hoje(10) até o próximo dia 21 de novembro, em Belém (PA). Durante essas duas semanas, a cidade de Belém receberá representantes de governos e entidades da sociedade civil de todo o mundo, o que irá gerar uma diversidade de debates com várias visões e objetivos.

Inúmeros espaços da cidade, como universidades, institutos e museus serão palco para discussões envolvendo diversos temas ligados à preservação do meio ambiente.

E Alexandre Moura irá nos repassar algumas informações. “Quando a gente vem participar de um evento dessa magnitude que trata das mudanças climáticas, antes de tudo, precisamos pensar sobre a dimensão da preservação ambiental que iremos defender”, destacou.   

Alexandre divide a COP 30, entre a COP das grandes instituições governamentais, das instituições privadas e a COP dos movimentos sociais. Afinal, participam do evento representantes de empresas e países que debatem o meio ambiente com uma visão econômica de mercado e, do outro lado, representantes de países, instituições e trabalhadores que pensam na preservação sob outra ótica: da conservação ambiental, segurança hídrica e alimentar e da proteção dos trabalhadores e das diversidades culturais.

“Teremos aqui Eco capitalistas que se apropriam de expressões como sustentabilidade para defender apenas a sustentabilidade econômica de seus negócios. Importante lembrarmos que o meio ambiente deve ser cuidado a partir de uma dimensão de sobrevivência da humanidade e de toda a vida do planeta terra. Sob a ótica da justiça climática”, observou.

O diretor do Sindsep chama atenção para a importância de não se "romantizar" a COP como sendo o espaço e o momento para soluções de todos os problemas ambientais mundiais, acreditando que todos que participam do evento têm essa preocupação.

“A ecologia tem várias visões e dimensões. Aqui existem disputas de interesses de economias mundiais e mercados. Disputa entre os que querem preservar o meio ambiente, os que querem obter apenas lucro em detrimento de toda a sociedade, os que buscam desenvolvimento com preservação e os que querem impedir que outros países se desenvolvam”, sublinhou.

E nesse ambiente de disputas e discussões estão os trabalhadores urbanos, do campo, das águas e das florestas que irão discutir e propôr soluções em diversos espaços ao logo da programação da COP. 

Servidores e a COP30

A sociedade civil, incluindo o Sindsep-PE, por meio da representação do seu diretor, fará parte da disputa, que se dará durante a COP 30, para resguardar os interesses de toda a sociedade. Durante o evento, existirão debates envolvendo representantes de organizações do movimento sindical como a CUT, a Condsef/Fenadsef e o Dieese, do ecossocialismo, da agricultura familiar, das mulheres e homens que trabalham com o extrativismo vegetal e animal, entre outros.

“Também iremos discutir o papel das servidoras e servidores públicos na política ambiental. Importante lembrarmos que as servidoras e servidores são os planejadores, executores e fiscalizadores das políticas públicas de preservação.”

O diretor do Sindsep lembrou da atuação das trabalhadoras e trabalhadores do Dnocs, Ibama, ICMBio em políticas de combate a destruição ambiental e mitigação dos seus efeitos da seca e apontou a necessidade de mais investimentos no setor, como maior incremento de recursos e concursos públicos.  

“Mas estamos observando justamente o contrário disso. A proposta do Congresso Nacional de uma reforma que pretende retirar ainda mais investimentos do setor público irá, caso aprovada, interferir diretamente no desmonte das políticas públicas ambientais. E estamos aqui também para dizer que a derrubada da PEC-38 será determinante para que o Brasil avance na agenda ambiental”, concluiu Alexandre Moura.