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Tá tudo Bolsocaro e o presidente tenta enganar o povo para se eleger


O aumento sem controle dos preços no governo Bolsonaro é visível no dia a dia dos brasileiros e brasileiras que vão aos supermercados, abastecem seus veículos e usam outros serviços cujos valores acompanham a inflação

Publicado: 12/08/2022


O aumento sem controle dos preços no governo Bolsonaro é visível no dia a dia dos brasileiros e brasileiras que vão aos supermercados, abastecem seus veículos e usam outros serviços cujos valores acompanham a inflação. Depois de passar três anos sem fazer nada para reduzir os preços dos combustíveis, o presidente resolveu agir há poucos meses das eleições. Mas tomou uma atitude insignificante. Aprovou um projeto no Congresso para reduzir o imposto sobre os combustíveis. Com isso, a Petrobras já anunciou a redução do preço da gasolina, cobrado nas refinarias, por duas vezes. Inicialmente o preço foi reduzido em 20 centavos. Em seguida, mais 15 centavos. 

Na semana passada, a Petrobras anunciou uma nova queda no valor do diesel cobrado nas refinarias.  O valor caiu de 5,41 reais para 5,19 reais o litro, uma diferença de 22 centavos. Mas antes das quedas, o diesel vendido pela Petrobras já havia subido cerca de 67% no ano. O combustível começou 2022 sendo vendido a R$ 3,34 por litro nas refinarias e atingiu R$ 5,61 em junho. Neste mês, desceu a R$ 5,41 e, agora, para R$ 5,19. Ainda assim, está mais caro do que em maio: R$ 4,91.

Hoje, enquanto o barril de petróleo custa cerca de US$ 114, o preço médio do litro de gasolina na bomba gira em torno de R$7,50. Já em 2008, o barril custava US$ 146,08 e a gasolina R$ 2,50. Ou seja, a redução concedida por Bolsonaro nos preços dos combustíveis não significa quase nada diante dos aumentos constantes dos últimos anos e a sua política de preços de combustíveis está completamente equivocada. 

“Na verdade, a adoção do Preço de Paridade Internacional (PPI), adotado desde que a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) foi retirada do poder, é que tem causado os aumentos constantes. Agora, nas vésperas das eleições, Bolsonaro surgiu com uma medida eleitoreira reduzindo impostos e tirando dinheiro que ia para a educação e saúde. Mas ele não poderá mais mexer no ICMS e, logo após as eleições, os preços voltarão a subir”, destacou o diretor do Sindsep-PE e da CUT-PE, Fernando Lima.   

E os alimentos? 

Enquanto os combustíveis têm uma redução de centavos em seus preços, o custo geral da alimentação acumula mais de 16% na soma dos últimos 12 meses. Se for levado em conta apenas o ano de 2022, ir ao supermercado hoje está cerca de 10% mais caro do que em janeiro. O preço dos alimentos e bebidas já subiu 9,83% nos primeiros sete meses de 2022, de acordo com o IBGE. 

No último mês de julho, o país registrou uma queda de preços geral de 0,68%, puxada pela redução dos combustíveis. Mas os alimentos subiram 1,3%! Só o leite aumentou 25,46% em julho e 10,72% no mês anterior. O preço do leite pressionou o custo de derivados: o queijo subiu 5,28%; a manteiga, 5,75%; e o leite condensado, 6,66%. Em 2021, o mesmo leite já havia subido 77,84%. Os derivados: 39,58%. Outros destaques do mês de julho foram a cebola com aumento de 40%; a batata inglesa, 29,89%; o café, 15,24%; e o morango, 103,81%. 

Redução de salários 

Paralelamente ao aumento descontrolado de preços, os salários dos servidores federais continuam congelados há quase seis anos, acumulando uma perda inflacionária, até o próximo mês de dezembro, de mais de 32%. Os servidores entraram em campanha pela reposição inflacionária dos salários em janeiro, mas Bolsonaro se recusou a conceder qualquer reajuste.  

E a política anti trabalhador de Bolsonaro não atinge apenas os servidores. Em seu governo, o salário mínimo perdeu o poder de compra pela primeira vez, desde a implementação do Plano Real, em 1994. Bolsonaro vai terminar o mandato, em dezembro de 2022, como o primeiro presidente a deixar o salário mínimo valendo menos do que quando entrou. A perda será de 1,7% até o final do ano, caso a inflação não acelere mais, o que significa uma queda no salário mínimo de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre dezembro de 2018 a dezembro de 2022, descontada a inflação. 

O salário mínimo é a fonte de renda de 74% dos aposentados do INSS, o que representa mais de 19 milhões do total de 26,2 milhões de beneficiários. E, no universo dos que ainda estão empregados, mais de 30 milhões de brasileiros recebem até um salário mínimo. 
 

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