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Trabalhador concursado da Petrobras é demitido sem justa causa. Amanhã pode ser você!


Servidor foi dispensado depois que prestou queixa na ouvidoria da empresa contra o seu gestor direto por assédio moral e por agir de forma autoritária com sua equipe

Publicado: 10/04/2019


Um servidor concursado acaba de ser desligado da Petrobrás sem justa causa. Luiz Otávio Ramos Gavaza tinha oito anos de empresa. Ele trabalhava como técnico administrativo e não possuía nenhuma advertência. Era descrito pelos seus colegas do setor de finanças da Petrobras, na Bahia, como uma pessoa de fácil convivência, proativa e com inteligência acima da média. 

Mas qual foi o erro de Luiz Otávio? Apesar de todos os requisitos positivos, ele prestou queixa na ouvidoria da empresa contra o seu gestor direto por assédio moral e por agir de forma autoritária com sua equipe. Ou seja, Gavaza estava sofrendo assédio moral, prestou queixa contra essa violência no trabalho e foi demitido. Esse é o Brasil de 2019. A sua demissão ocorreu no último dia 29/03. 

Em um ato organizado pela diretoria do Sindipetro Bahia, na manhã da última terça-feira (09/04), em frente ao prédio do EDIBA, na Pituba, contra a demissão ilegal do empregado (Foto), muitos colegas de Gavaza saíram em sua defesa e se mostraram atônitos com o acontecido. Segundo eles, a própria gerência confessou que não houve um ato determinado que justificasse a demissão do trabalhador.

Para reverter a demissão, o Sindicato irá recorrer a vias jurídicas, políticas e mobilizações que vão precisar contar com a presença de toda a categoria.  

“Por isso a unidade em torno de uma entidade sindical e de suas mobilizações é tão importante em um momento como esse pelo qual passa o Brasil. Eles estão extinguindo órgãos, vendendo empresas, lançando PDVs e, agora, demitindo até sem justa causa. Todos os servidores públicos devem se unir antes que seja tarde demais. Hoje, isso está acontecendo com o nosso colega. Amanhã, pode ser com a gente”, observou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

No caso de Luiz Otávio, a Petrobras levou em conta apenas a versão da gerência da empresa, desconsiderando todas as alegações do servidor. Ao invés de instalar uma comissão para investigar a sua denúncia, a empresa instalou uma comissão para analisar se ele deveria ser demitido. 

Diante do impasse, outra gerência se mostrou aberta para absorver os serviços de Luiz Otávio. Apesar de não ter feito nada de errado, ele chegou a afirmar que poderia ‘mudar’ sua postura para se encaixar naquilo que a empresa entende hoje como certo. Mas nada adiantou. Mesmo sem justa causa, Gavaza, um trabalhador concursado, foi demitido.

Ao final do ato realizado contra a sua demissão, muitos trabalhadores pediram as fichas de filiação para se associarem ao sindicato. Ou seja, há esperança e luz no fim do túnel.

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