Trabalhadores da Ebserh iniciam amanhã (20) greve por tempo indeterminado no HC/UFPE

Os trabalhadores da Ebserh, lotados no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco, entram em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira, dia 20 de julho. Após várias negativas da empresa nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016/2017, o movimento paredista foi a última alternativa para pressionar a direção da empresa e avançar na pauta de reivindicações. 

Para marcar este primeiro dia da paralisação será realizado um ato público, a partir das 7h, no hall de entrada da portaria 1. Os manifestantes devem estar vestidos de preto . Ainda pela manhã, os grevistas devem seguir para a portaria 4, onde também deve ocorrer manifestação. Uma comissão de trabalhadores também vai percorrer os setores do hospital para conscientizar os usuários e mobilizar os demais trabalhadores.

Serão mantidos 30% dos serviços do hospital, conforme a Lei 7.783/89, que regula a greve dos trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira, explica também que, de acordo com a legislação, os trabalhadores deverão assinar o ponto de greve com o comando da paralisação e permanecer no local ou em mobilização no hospital durante o seu horário de trabalho.

“Tomamos todas as precauções para nossa greve ser legal. Publicamos editais chamando para a assembleia que iria decidir pela greve e, após a decisão, divulgamos novo edital anunciando a paralisação”, explica a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira. Um advogado do sindicato deve estar presente neste primeiro dia para tirar dúvidas dos demais trabalhadores.

A greve dos trabalhadores da Ebserh, lotada no HC/UFPE, foi definido em assembleia realizada no último dia 15 (FOTO). Entre os pontos mais polêmicos do ACT que não foram acatados pela Ebserh estão o reajuste de 10,36%, com base no IPCA (a empresa ofereceu apenas 8%), o plantão diurno de 12 por 36 horas para todos os profissionais e a redução dos dias liberados para acompanhamento médico dos familiares, além do plano de cargo e salário, que os trabalhadores já lutam há três anos.