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Trabalhadores da Ebserh promovem Dia Nacional de Luta


Os atos acontecem em defesa do destravamento das negociações dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT's) da categoria, que perduram há três anos

Publicado: 06/07/2022


Em protesto contra o descaso e desrespeito com que foram tratados desde o início do governo Bolsonaro e até hoje, os trabalhadores e trabalhadoras da Ebserh realizarão o Dia Nacional de Luta, com mobilização em todos os estados brasileiros onde atuam, nesta sexta-feira (08). Os atos acontecem em defesa do destravamento das negociações dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT's) da categoria, que perduram há três anos. Depois de várias tentativas de conciliação por parte dos representantes dos(as) trabalhadores(as), a negociação foi parar no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Mas até a mediação do TST segue pendente. 

No Recife, o Sindsep-PE irá promover uma roda de conversa com os(as) trabalhadores(as) do Hospital das Clínicas para debater as negociações referentes aos ACT's e a construção de um processo de mobilização e greve. A Roda de Conversa acontecerá, às 10h, na Sala 02 do terceiro andar. 

Uma vez que os(as) trabalhadores(as) da Ebserh, como os demais funcionários das empresas públicas, possuem data base e direito à Negociação Coletiva, eles(as) ainda poderão ter reposição salarial neste ano de 2022. Ao contrário dos servidores e servidoras públicas que não poderão mais ter reajuste pelo fato do governo Bolsonaro o ter negado dentro do prazo dado para reposição em ano eleitoral. 

A pauta apresentada pelos empregados(as) ao governo Bolsonaro inclui a manutenção das cláusulas sociais do ACT vigente e uma reposição inflacionária linear de 22,30%, referente aos três anos de congelamento salarial, incidindo sobre os salários e benefícios dos empregados públicos da Empresa. Também cobram o pagamento dos valores retroativos sobre salários e benefícios considerando os respectivos ACTs vencidos. 

Além do reajuste linear, a categoria busca um aumento de R$ 600,00 aos assistentes administrativos, uma vez que eles recebem os menores salários pagos pela Ebserh, o que provoca uma disparidade entre os proventos dos trabalhadores. Além disso, buscam vigência de três anos (Março de 2020 a Fevereiro de 2023) para o próximo acordo.

Mas além de negar a reposição, o governo Bolsonaro insiste em reduzir o adicional de insalubridade do salário-base para o salário mínimo, o que irá diminuir o salário de todos(as) os(as) trabalhadores(as) em cerca de 30%.

Na última reunião de mediação dos Acordos Coletivos de Trabalho da Ebserh, a ministra do TST, Delaíde Miranda, chegou a apresentar uma contraproposta que inclui a manutenção das cláusulas sociais do atual ACT da empresa, reajuste integral linear para todos os empregados de 20%, com retroativo a partir de janeiro de 2022, além da manutenção da insalubridade da forma como se encontra. No entanto, a direção da empresa não concordou com nenhuma das propostas que foram apresentadas, nem pelas entidades, nem pelo TST, mantendo o impasse nas negociações.

"Está sendo um processo muito dificil, desrespeitoso e desgastante. Os trabalhadores e trabalhadoras da Ebserh, além de terem que atuar no dia a dia de uma rotina hospitalar pesada de alta complexidade, precisam lidar com a intransigência e truculência de uma gestão que quer negociar impondo perdas de direitos.", comentou a diretora do Sindsep-PE e trabalhadora da Ebserh, Gislaine Fernandes. 
 

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