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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 01/03/2018
Da Ascom Sindsep-PE
Trabalhadores da Ebserh realizaram mobilizações no dia de hoje, em diversos estados brasileiros, devido a falta de interesse do Governo Federal em negociar o Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019. Eles também protestaram contra a Emenda Constitucional 95, que congela os gastos na saúde por 20 anos, assim como em todas as demais áreas sociais. Em Pernambuco não foi diferente. Um ato reuniu dezenas de profissionais no Hospital das Clínicas. O secretário geral do Sindsep, José Felipe Pereira, esteve presente. Na ocasião, eles distribuíram panfletos para a população e explicaram o motivo da mobilização em falas.
“O governo não tem demonstrado nenhum interesse em negociar com os trabalhadores dando como desculpa a necessidade de cumprir a EC 95. Essa emenda vai levar o Brasil à barbárie. Eles congelaram os investimentos públicos por 20 anos. Isso vai nos levar ao patamar da década de 1970 quando a população mais carente não conseguia ser assistida e morria a míngua”, destacou Felipe Pereira.
Segundo os trabalhadores da Ebserh, o atual governo está abandonando a saúde pública que está pedindo socorro. “A nossa luta é por mais investimentos em educação. Para que tenhamos mais profissionais e para os hospitais públicos funcionem bem e atendam a população da melhor forma possível. E isso só será possível se derrubarmos a emenda 95”, sublinhou o empregado da Ebserh e integrante do Conselho Fiscal do Sindsep, Moab Alves.
A diretora do Sindsep-PE e funcionária da Ebserh Recife, Gislaine Fernandes, lembrou que os trabalhadores da Ebser fizeram aniversário de dois anos sem reajuste salarial no dia de ontem, data base da categoria. “Na última reunião que tivemos com a empresa, ficou claro que eles pretendem dar reajuste zero, novamente, e ainda retirar direitos adquiridos. Por isso a importância de estarmos unidos. Teremos um ano de muita luta pela frente”, afirmou.
Gislaine destacou que o Hospital das Clínicas está vivendo um período de superlotação, sobrecarga de trabalho, falta de equipamentos e material como nunca viveu em sua história. “Existem setores em que temos apenas três pessoas para cuidar de 40 pacientes. Imaginem como estaremos daqui a 20 anos com todo o investimento congelado. Os nossos salários, por exemplo, não valerão mais nada. Por isso temos que ir para o enfrentamento agora”, concluiu.
A negociação entre empresa e trabalhadores deveria ter início nesse mês de fevereiro, uma vez que a data base da categoria foi ontem. Mas o Governo não levou a demanda dos empregados em consideração. A reunião no dia 7 de fevereiro se resumiu a formalização do recebimento da pauta de reivindicações da categoria, protocolada em dezembro passado. A empresa marcou a primeira reunião para o próximo dia 16 de março, mas não garantiu dar um retorno a pauta de reivindicações. Nessa segunda reunião, a pauta deve girar em torno do cumprimento do acordo passado, que ainda está pendente.
Nessa quinta-feira, também venceu o prazo dado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para julgar as cláusulas econômicas do ACT 2017/2018. Com as negociações mediadas pela Justiça, as cláusulas sociais foram mantidas, exceto dois dias de abono, e as econômicas foram ao dissídio. Mas até agora nada foi definido.