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Trabalhadores e trabalhadoras voltam às ruas no 1º de Maio


No Recife, acontecerá um ato político cultural no parque 13 de Maio, em frente a Faculdade de Direito do Recife

Publicado: 27/04/2022


Depois de dois anos de isolamento social, a classe trabalhadora brasileira voltará às ruas no próximo dia 1º de maio, Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras. Com o tema Emprego, direitos, democracia e vida, a mobilização dialoga com os principais problemas enfrentados na atualidade pela população brasileira: o aumento do desemprego, a retirada de direitos da classe trabalhadora, os ataques constantes à democracia por parte do presidente Bolsonaro e seus aliados e o desprezo com que o chefe do Executivo tratou a vida dos brasileiros durante a pandemia do novo coronavírus.

Os atos que acontecem em todos os estados brasileiros estão sendo organizados pela CUT e demais centrais sindicais, a exemplo da CTB, UGT, NCST, Intersindical - Central da Classe Trabalhadora, Força Sindical e Pública. Para os organizadores dos atos, a classe trabalhadora brasileira só terá paz quando Jair Bolsonaro, que dedica mais tempo provocando confrontos com o Supremo Tribunal Federal (STF) do que pensando em medidas para resolver os problemas do país, sair do poder.  

O ato principal será realizado em São Paulo, na Praça Charles Miller, no Pacaembu, a partir das 10h. Contará com a fala dos presidentes das centrais, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de políticos de esquerda e com shows de Daniela Mercury, Leci Brandão, Francisco, El Hombre, Dexter e DJ KL Jay. No Recife, acontecerá um ato político cultural no parque 13 de Maio, em frente a Faculdade de Direito do Recife. 

Retrocesso

Desde o golpe de 2016, que afastou a presidenta Dilma Rousseff do poder, a classe trabalhadora brasileira vem sendo perseguida. O governo Michel Temer aprovou uma reforma Trabalhista que retirou diversos direitos da classe trabalhadora garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Depois da sua aprovação, grande parte dos brasileiros foram demitidos e perderam o direito à Carteira de Trabalho. Para voltar ao mercado, tiveram que se sujeitar a contratos precarizados sem direito a FGTS, férias, décimo terceiro entre outros direitos. 

“Grande parte dos brasileiros e brasileiras se tornou microempreendedor individual, em uma jogada de marketing que foi vendida como a solução para o desemprego no país. Um nome pomposo e atraente, mas que trouxe, na verdade, a perda de diversos direitos trabalhistas. E nunca resolveu o problema do desemprego. Muito pelo contrário. As taxas só aumentaram porque não houve nenhum investimento no que realmente geraria emprego no país: investimentos pesados em obras de infraestrutura e em políticas sociais, além do aquecimento da economia por meio de uma política econômica desenvolvimentista”, destacou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

Foi o governo Temer que também aprovou a Emenda Constitucional 95, responsável pelo congelamento dos investimentos no setor público por 20 anos e pelo aumento do desemprego no Brasil. “Sem investimentos, temos menos dinheiro circulando no país. Isso, por sua vez, gera ainda menos investimentos e mais desemprego”, sublinhou José Carlos. 

Já o governo Bolsonaro foi responsável por promover o desmonte da Previdência Pública brasileira com uma reforma que está impedindo milhares de pessoas de se aposentar e reduziu os valores dos benefícios. Bolsonaro também se empenhou em aprovar a reforma Administrativa (PEC-32) que tinha como principal objetivo promover o desmonte dos serviços públicos e repassar suas tarefas para a iniciativa privada, além de acabar com os concursos e lotear os cargos com apadrinhados políticos do presidente e aliados. 

Esperança

Resta aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras lutar para que Bolsonaro saia do poder e, em seu lugar, assuma um presidente progressista que defenda os interesses da classe trabalhadora. Um governo que combata a disparada da inflação, o desemprego e coloque em prática uma política econômica que ponha fim a tragédia vivida diariamente pelos brasileiros mais pobres, que não têm um salário no fim do mês ou uma renda que garanta a sobrevivência. 
 

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