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Trabalhadores estão promovendo pressão para que indecisos rejeitem reforma da Previdência


Em Brasília, servidores estão recepcionando deputados e senadores no aeroporto para convencê-los a votar contra a reforma, que representa o fim da aposentadoria

Publicado: 02/04/2019
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

A ordem é não dar nenhum descanso aos parlamentares que estão pensando em votar a favor ou ainda estão indecisos sobre a PEC 06/2019, que resultará no desmonte da Previdência Pública brasileira. A pressão será diária. A ideia é não fazer apenas atos de rua, mas encontrar os parlamentares nos aeroportos, em seus gabinetes e até em suas casas, além de fazer um trabalho de informação junto a população por meio de panfletos, cartilhas, vídeos e muito diálogo.

O Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) está promovendo atos de recepção a parlamentares todas as segundas e terças, no aeroporto de Brasília. O primeiro ato aconteceu nessa segunda-feira (1º de abril).

“Conseguimos abordar muitos parlamentares hoje e ter uma conversa importante com eles sobre a necessidade de barrar essa reforma”, avalia Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef que esteve na atividade. A ideia é não cessar a pressão até garantir que a Previdência Pública e o direito a aposentadoria dos brasileiros esteja seguro.

Além de desmotivar os brasileiros e brasileiras a contribuírem com a Previdência, devido a dificuldade que todos terão para se aposentar e  por causa da redução dos benefícios, a proposta de Bolsonaro empurrará todos para um regime de capitalização que falhou nos países em que foi implantado.

Isso porque, no regime de Capitalização, o mesmo implantado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no Chile, apenas os trabalhadores irão recolher a contribuição para a Previdência. Diferente do que ocorre hoje quando o governo e os empresários também contribuem.

“Na hora de contratar o trabalhador, é claro que o empresário dará prioridade a contratação pelo regime de capitalização, onde não terá que contribuir. A tendência é que os trabalhadores que queiram continuar contribuindo com o sistema público atual não sejam contratados”, alertou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

Com a migração dos trabalhadores para o regime de Capitalização, que será administrado por bancos, muitos poderão se aposentar com salários bem abaixo do mínimo. No Chile, no final de 2018, aposentados estavam recebendo apenas 1/3 dos salários mínimos do país. No Brasil, isso hoje seria um pouco mais do que R$ 300. O sistema acaba empobrecendo todos ao se aposentar. Lembrando que o governo brasileiro quer desvincular o piso dos benefícios. Com isso, será possível pagar qualquer valor aos aposentados.

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