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Trabalhadores protestam na Paulista; CUT vai propor alternativas ao pacote


Freitas, presidente da central, disse que "receituário neoliberal" já foi aplicado em outros países sem efeito desejado

Publicado: 15/09/2015

Publicado pela RBA

Reunidos hoje (15) de manhã na avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), líderes sindicais da CUT criticaram o pacote de medidas anunciado ontem (14) pelo governo para equacionar o déficit orçamentário de mais de R$ 30,5 bilhões do próximo ano.

“É um pacote recessivo lamentável”, afirmou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas. “Ele dialoga com a política de recessão, de corte nos investimentos e nos direitos dos trabalhadores. Nos espanta a falta de diálogo com a sociedade. O pacote sinaliza para setores que não apoiaram o governo”, disse. “Tem de ter uma gradação nisso, o pacote não tem tributação sobre grandes fortunas. Governo tenta dialogar com o mercado, que é hostil a ele. No fim, não dialoga nem com empresários, nem com trabalhadores”, criticou.

Entre as medidas anunciadas ontem estão a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), agora com alíquota de 0,2%, mais aumento das alíquotas de imposto de renda para pessoas com bens acima de R$ 1 milhão, corte nos gastos de programas sociais e mudanças nas cotas do chamado Sistema S, da indústria e comércio para custeio da previdência social.

Durante o ato de hoje, Freitas disse que vai enviar ainda hoje um ofício à presidenta Dilma Rousseff solicitando uma audiência para colocar propostas alternativas dos trabalhadores para a retomada do crescimento. Além de Freitas, outras lideranças defenderam a tributação de grandes fortunas, fazendo eco a uma ideia que ganha apoio crescente dos trabalhadores. Freitas também destacou que o receituário neoliberal que inspirou o pacote anunciado ontem já foi aplicado em outros países sem o efeito desejado. “O ajuste é o mesmo remédio em várias partes do mundo, sempre tirando direitos da classe trabalhadora.”

O ato na Avenida Paulista reuniu cerca de 10 mil trabalhadores, entre 9h e 12h30. É a primeira vez que a CUT realiza uma mobilização de campanha salarial unificada. Estiveram representadas 18 categorias e perto de 1,8 milhão de trabalhadores do estado, todos com data-base no segundo semestre, contemplando metalúrgicos, bancários, químicos, petroleiros, comerciários, entre outros.

O novo presidente da CUT estadual em São Paulo, Douglas Izzo, também foi enfático nas críticas ao pacote. “Os cortes não contribuem para a economia voltar a crescer, para alavancar o crescimento e gerar emprego e renda. A CPMF é uma alternativa para de arrecadação para dar fôlego ao governo, mas o governo tem de fazer uma discussão sobre as grandes fortunas. O que não pode é colocar o peso da crise sobre os trabalhadores. Por isso é que nós estamos aqui”, afirmou.



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